A Linha 5-Lilás, a segunda mais jovem do metrô de São Paulo, completa dez anos de operação com a mesma estrutura física da abertura, mas com uma lotação cada vez maior. De 21 de outubro de 2002, quando foi aberta, até quinta-feira, 310,4 milhões de passageiros - o equivalente à população dos Estados Unidos - circularam pelo "pequeno" ramal, que sempre teve seis estações e 8,4 km de comprimento.
Embora seja nanico perto de outras linhas - a 3-Vermelha, por exemplo, tem 22 km e 18 paradas -, o "metrô do Capão Redondo" não para de crescer em importância. A relevância do ramal deu um salto no ano passado, quando a Linha 4-Amarela passou a se conectar, na Estação Pinheiros, com a 9-Esmeralda da Companhia Paulista de Trens Metropolitanos (CPTM), integrada à Linha 5 em Santo Amaro.
Com essa ligação, moradores de bairros como Campo Limpo e Santo Amaro ganharam opção um pouco mais confortável e rápida aos saturados corredores de ônibus da zona sul para chegarem à região central.
Não é à toa que, entre 2010 e 2012, a média de usuários na linha por dia útil tenha pulado extraordinários 60% - de 166 mil para 265 mil. Isso para uma frota que permanece inalterada há uma década: sete trens. A demanda vai subir nos próximos anos, com a expansão dos trilhos até a Chácara Klabin, na zona sul.
Presidente da Associação dos Engenheiros e Arquitetos do Metrô (Aeamesp), José Geraldo Baião explica que a Linha 5 começou como um projeto da antiga Ferrovia Paulista S.A. (Fepasa), que operava o que hoje é a Linha 9 da CPTM. "Como essa linha da Marginal do Pinheiros era muito ociosa, decidiram construir mais estações nela." O projeto foi herdado pela CPTM, que o transferiu para o Metrô.
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