A Campanha Travessia Segura volta nesta semana às ruas do ABC com verba, material educativo e atores nas ruas. A primeira fase do projeto para valorização do pedestre começou em dezembro, mas pouca coisa efetivamente se viu nas ruas. Com a campanha eleitoral que teve início em julho, as ações sumiram oficialmente.
Desta vez, o Consórcio Intermunicipal, organizador da campanha, reservou R$ 200 mil de verba própria para o projeto. Na primeira fase, cada prefeitura organizou suas ações. “Percebemos que, mesmo comprometidos, os municípios tinham campanhas muito desiguais que se enfraqueceram com o tempo”, disse a coordenadora da campanha pela entidade, Andrea Brisida.
Serão realizadas nos principais pontos de fluxo de pedestres 360 intervenções com atores. Recebem as ações, porém, apenas os municípios que já finalizaram o processo eleitoral. A decisão levou em conta a grande quantidade de material de propaganda dos candidatos, que poderia tirar a atenção dos alertas da campanha. Foram confeccionados cerca de 1 milhão de panfletos para serem distribuídos.
Ao final desta fase, o Consórcio volta a discutir o reforço na aplicação de multas contra quem não dá preferência ao pedestre. “Depois de uma campanha reforçada, não há como fugirmos da aplicação das multas”, disse Andrea.
Veja as quatro principais falhas da primeira fase da Campanha Travessia Segura na região:
1- Campanha não tem números nem mapeamento sobre atropelamentos
2- Falta regionalidade nas ações. Cada prefeitura executa de forma diferente a campanha
3- Visibilidade do projeto durou pouco tempo. Não há faixas e placas indicativas nas ruas
4- Não existem agentes para divulgar as ações nos locais com maior número de pedestres
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