Os gastos para desenvolver o hidroanel deverão girar em torno dos R$ 4 bilhões e a previsão é de que a construção seja concluída em 2045. O governo pediu a licença ambiental à Cetesb (Companhia Ambiental do Estado de São Paulo) para construir a primeira eclusa da hidrovia, na Penha, zona leste da cidade. O órgão ambiental poderá conceder a licença dentro de trinta dias.
O hidroanel deverá dispor de 60 ecoportos (postos de entrega de entulhos), 11 eclusas e três portos de destino, onde também ocorrerá a reciclagem dos resíduos. O objetivo principal do projeto não é conduzir pessoas, mas transportar cargas, materiais de dragagem dos rios, entulho e resíduos produzidos em São Paulo, reduzindo o número de caminhões que circulam levando lixo pelas vias expressas da metrópole. Embora a construção esteja prevista para 2045, existem obras que podem ser concluídas nos próximos cinco anos.
Atualmente, o trecho navegável do Rio Tietê possui 41 km, que ligam a Penha à cidade de Santana do Parnaíba. No entanto, a construção da eclusa deverá adicionar 14 km ao trajeto para ampliar o trecho navegável até o bairro de São Miguel Paulista, também na zona leste da capital.
Mesmo com a ideia de beneficiar, o projeto pode expor os mananciais a graves problemas ambientais: qualquer incidente no transporte de resíduos poderá não apenas poluir mais ainda os rios da capital, como também causar a contaminação das represas, locais estratégicos para a captação de água potável para toda a cidade.
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