Ao viajar, o brasileiro gasta mais com deslocamento e alimentação do que com alojamento. É o que mostra a POF (Pesquisa de Orçamentos Familiares), divulgada pelo IBGE (Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística) com dados de 2008-2009.
As despesas com transporte (aéreo, rodoviário, marítimo, ferroviário e outros) correspondiam a 48,6% do gasto total com viagens esporádicas --aquelas que não fazem parte da rotina diária.
O percentual superou as despesas com hotéis, pousadas e outros meios de hospedagem (11,6%), alimentação (22,6%) e pacotes turísticos (12,8%).
De acordo com a pesquisa, o gasto médio mensal do brasileiro com viagens era de R$ 50,16. Desse total, quase metade era destinado à compra de passagens ou despesas com veículos: R$ 24,44.
No extrato de rendimento mais alto, cada família desembolsava, em média, R$ 147,63 ao mês com viagens, enquanto a camada mais pobre gastava R$ 8,46.
VIAGENS MÉDICAS
Entre os motivos para a viagem, a carência de centros hospitalares para tratar de doenças de grande complexidade em muitos lugares faz aumentar os deslocamentos para tratamento médico.
Isso ocorre especialmente entre os moradores das regiões Norte e Nordeste, onde essa causa representava 12,5% e 12,8% das viagens.
Na média do país, as viagens para tratamento médico correspondiam a 8% do total. Foi o quarto motivo mais frequente apontado pelos viajantes, atrás de lazer e férias (37,9%), visita a parentes e amigos (22,3%) e negócios (15,8%).
Em regiões mais ricas e mais bem servidas de hospitais de referência, a frequência desse tipo de deslocamento é menor. No Sudeste, o percentual era de apenas 4,7%.
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