O Secretário Ney Campello, da Secretaria Extraordinária para Assuntos da Copa do Mundo da Fifa Brasil 2014 (Secopa), reafirmou o compromisso com a FIFA de que a primeira etapa do metrô estará em operação “assistida” para a Copa das Confederações.
O termo “assistido” se refere, segundo o secretário, à parceria do governo do estado com a prefeitura, para fazer funcionar o equipamento. O pronunciamento foi feito durante a inspeção realizada na Arena Fonte Nova, na manhã desta quarta (12), que contou com a presença do diretor do Escritório da FIFA no Brasil, Fulvio Danilas, e do diretor de operações e competições do COL, Ricardo Trade.
A garantia do funcionamento do metrô já havia sido dada através de um documento, que respondia a questionamentos da FIFA sobre o tema. No documento, o governo estadual se responsabilizava por apoiar a prefeitura? que é responsável pela Linha 1 do sistema metroviário ? no que fosse necessário para que o evento contasse com o equipamento de transporte.
Fulvio Danilas, no entanto, negou que os questionamentos da FIFA tenham sido em tom de queixa ou ultimato. “Queríamos apenas saber como nós poderíamos trabalhar de maneira integrada para solucionar a questão, e a resposta nos foi dada de maneira satisfatória”, disse.
Ney Campelo ressaltou que a integração entre prefeitura e governo é de extrema importância para o sucesso tanto da Copa das Confederações como da Copa do Mundo de 2014, em Salvador. “E isso vem acontecendo cada vez mais, assim como a integração com a FIFA e o COL também vem melhorando”, destaca.
O secretário se mostrou confiante com a preparação da cidade para os eventos. “É fácil de perceber que a cidade está se preparando, e esta inspeção é mais uma oportunidade de mostrarmos que os trabalhos estão sendo bem realizados”, afirma.
Integração
A visita à Arena Fonte Nova, na manhã desta quarta (12), não teve o intuito de verificar o andamento das obras; fez parte de um trabalho de integração entre as diversas áreas que vão operacionalizar os eventos que ocorrerão no estádio.
O grupo que participou da visita era formado por cerca de 50 profissionais de 15 diferentes áreas operacionais. “Estamos aqui para que essas equipes, além de conhecer melhor os espaços onde trabalharão, se integrem cada vez mais e esclareçam dúvidas não só sobre a arena, mas também sobre a cidade e toda infraestrutura que faz parte dos eventos”, explica Fulvio Danilas.
Como exemplo da importância da visita, Fulvio citou a operação de mídia que será acionada nos jogos na Arena. “É importante que se conheça os espaços para que as equipes preparem da melhor maneira possível o deslocamento de jornalistas, desde o hotel até o estádio, o que continua até os centros de mídia, ou à tribuna de imprensa, ou ainda com a movimentação dos fotógrafos na beira do campo", disse.
Segundo ele, para que tudo isso ocorra, é necessário planejamento e uma integração com o plano operacional do estádio e do evento como todo. Fulvio também ressaltou que este trabalho começou em 2009 a partir de inspeções nas plantas dos estádios.
O diretor de operações e competições do Comitê Organizador Local (COL), Ricardo Trade, destacou que a integração entre o COL, a FIFA, as prefeituras e os estados vem se consolidando de forma satisfatória. “É muito interessante perceber como este processo está evoluindo”, observa.
Para ele, esta sintonia, que também inclui as diferentes áreas operacionais envolvidas nos eventos, é que fará a diferença no resultado final. “É através dessa integração que poderemos prover o melhor serviço para o público, os atletas e os profissionais que trabalharão nos eventos”, afirma.
Entre as 15 áreas operacionais que fizeram parte do grupo que visitou a Arena Fonte Nova, estavam equipes responsáveis pela competição, protocolo, ingressos, hospitalidade, marketing, mídia e TV, transporte e logística, segurança etc.
Como parte do programa de integração das equipes, que incluiu profissionais de outros países, foi realizada, antes da visita ao estádio, uma reunião no Hotel Pestana. Foram debatidos temas como gerenciamento do estádio, estrutura e quantidade de pessoas nos grupos operacionais e questões referentes à acessibilidade e ao entorno da arena.
Depois da visita, novas reuniões ocorreram até o final da tarde. À noite, os profissionais seguiram para Recife.
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