Porto Alegre: ciclovias na pauta dos candidatos

Na capital gaúcha, José Fortunati (PDT), Manuela D'Ávila (PCdoB) e Adão Villaverde (PT) citam plano cicloviário para reformular cidade

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Fonte: Mobilize Brasil  |  Autor: Da redação  |  Postado em: 10 de setembro de 2012

 

Depois de Belo Horizonte, São Paulo e Rio de Janeiro, a capital do Rio Grande do Sul é a quarta cidade da série de reportagens do Mobilize mostrando as propostas de mobilidade urbana dos principais candidatos a prefeito.

 

Em Porto Alegre, foram procurados os três primeiros nomes apontados nas pesquisas. Até aqui, a vantagem é do atual prefeito, José Fortunati,  do PDT, que tem 36% das intenções de voto de acordo com a última pesquisa do Datafolha. Empatado tecnicamente com ele está a deputada Manuela D’Ávila, do PCdoB, com 32%.

 

Na terceira colocação, ainda distante dos favoritos, vem o petista Adão Villaverde, com 7% das intenções de voto. A pesquisa ainda aponta que os demais candidatos sequer chegam a somar 2% e, portanto, não foram consultados pelo Mobilize.

 

Leia a seguir o que responderam os principais candidatos à seguinte questão:

 

"Caso seja eleito, qual o principal projeto de mobilidade urbana sustentável que implementará durante o seu governo?”


José Fortunati (PDT)

 

Planejar a mobilidade urbana é um trabalho que está sendo feito pelo nosso governo em diversas frentes, integrando sistemas como os BRTs, que interligados à rede de sinaleiras da cidade diminuirão o tempo de deslocamento no trânsito. Porto Alegre vai iniciar a construção do metrô, para atender mais de 300 mil usuários por dia. Também estamos investindo na utilização do Guaíba, com o transporte hidroviário para a Zona Sul e ilhas e, ainda, nas ciclovias, que pela primeira vez na história da cidade tem um projeto consolidado para isso. O Plano Diretor Cicloviário potencializou 495 km de ciclovias e já estão projetados os primeiros 50 km até a Copa de 2014. Além disso, o mundial de futebol está oportunizando investimentos importantes na mobilidade da cidade. Avenidas estão sendo duplicadas, viadutos, passagens de nível, e ampliação de vias. São legados da Copa que ficarão para os moradores da capital.


Manuela D’Ávila (PCdoB)

 

A principal solução para a mobilidade urbana é planejar a integração de diferentes modais, investindo consideravelmente no transporte público de alta capacidade, como BRT, metrô e aeromóvel que são opções complementares. A atual gestão da prefeitura trata da questão como se investir em um implica na exclusão do outro, o que não é verdade. Ainda fomos tímidos em planejar, por exemplo, veículos leves sobre trilhos (VLTs), que são mais baratos e sustentáveis.

 

Porto Alegre não pode ficar apenas esperando o metrô. Paralelamente, desenvolveremos o Programa Trânsito do Bem com medidas imediatas de reengenharia de tráfego para evitar engarrafamentos. Criaremos ainda o Pedala Porto Alegre. A ideia é cumprir o Plano Diretor Cicloviário, já aprovado pela Câmara de Vereadores de Porto Alegre e sancionado em 2009. A prioridade serão os bairros populares, como Restinga Nova e Belém Novo. Queremos investir, integralmente, os 20% do valor das multas de trânsito na implantação de ciclovias e de ciclofaixas, como prevê a lei.


Adão Villaverde (PT)

 

O principal projeto é o Bela Cidade, uma iniciativa que visa revitalizar o mobiliário urbano, recuperar as calçadas e a aplicar o Plano Diretor Cicloviário para a construção de ciclofaixas. Nestes três níveis, estamos planejando o embelezamento da cidade e adequando as suas condições para o deslocamento das pessoas, assegurando a acessibilidade de todos, sendo pessoas com ou sem deficiência, para aqueles com redução de mobilidade, como idosos, crianças, obesos, assim como para qualquer outro pedestre.

 

Além disso, iremos disponibilizar para a população outros meios de locomoção como o transporte hidroviário, o aeromóvel e os VLTs (Veículos Leves sobre Trilhos). O Bela Cidade será organizado pela Prefeitura, e contará com a adesão das comunidades de Porto Alegre, envolvendo os cidadãos, as associações de moradores e de comerciantes interessados num projeto mais amplo.

 

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