Com a recuperação nas vendas de veículos e o recorde de emplacamentos batido no mês de agosto, a Fenabrave (Federação Nacional da Distribuição de Veículos Automotores) elevou a sua projeção de crescimento no comércio de automóveis e comerciais leves em 2012 para 8,05%. A previsão anterior, do início de julho, indicava uma queda de 0,4%.
Com a ameaça do fim do o IPI (Imposto sobre Produtos Industrializados) reduzido para carros novos, as vendas de automóveis e comerciais leves bateram recorde, com 405.518 emplacamentos em agosto, uma alta de 15,4% sobre julho.
O benefício fiscal para o setor automotivo terminaria em 31 de agosto, mas o governo anunciou a sua prorrogação, no dia 29, por mais dois meses.
Apesar da queda do preço dos carros novos, o consumidor deve ficar atento às condições de pagamento oferecidas pelas concessionárias. Pesquisa da Jato com 10 estabelecimentos mostra que financiar o veículo está mais difícil hoje. Além de oferecer uma entrada de no mínimo 30%, o prazo para pagar o financiamento caiu de 60 meses, em 2009, para 36 e 48 meses.
Outro fator que pode encarecer a compra do carro novo é a depreciação dos usados com o corte de IPI. Houve uma desvalorização de 10% a 15% nos seminovos. “O corte de IPI favorece quem tem dinheiro em caixa. Para o consumidor que pretende trocar o carro e precisa de financiamento, pode não compensar”, diz Rodolfo Salomon, gerente da Jato.
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