Em São Paulo, obra em ciclovia na av. Sumaré oferece perigo a ciclista

Quem desce pela ciclovia do canteiro central da avenida Sumaré (zona oeste da cidade) esbarra, no meio do caminho, com uma obra

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Fonte: Folha de S. Paulo  |  Autor: Cristina Moreno de Castro  |  Postado em: 10 de agosto de 2012

O ciclista Carlos Garcia Magalhães pedala no cante

O ciclista Carlos Garcia Magalhães pedala no canteiro

créditos: Marcelo Justo/Folhapress

 

A pista de concreto do calçadão, hoje compartilhado entre ciclistas e pedestres, dá lugar a um trecho de cerca de 300 metros com terra, buracos e pedras quebradas há uma semana.

 

Contêineres da obra também bloqueiam a passagem na altura do número 1.876. E as pessoas têm que desviar pela estreita calçada, cheia de postes de radar.

 

Na verdade, a reforma que está sendo executada agora pela Siurb (Secretaria Municipal de Infraestrutura Urbana e Obras), já era pedida desde 2010. Na época, reportagem daFolha mostrava que o calçadão oferecia riscos aos "atletas" da região, com suas raízes expostas e trechos de concreto destruídos.

 

A obra prevê ampliação da ciclovia mantendo todas as árvores do canteiro. Ela agora passará a ter dois sentidos, cada um deles com três metros de largura.

 

As calçadas, de 80 cm de cada lado, serão adequadas de acordo com as normas de acessibilidade. A duração do contrato será de 90 dias e o custo, de R$ 697.482. Também vai incluir mudanças no paisagismo e iluminação com lâmpadas de vapor metálico, aos moldes do que foi feito na avenida Paulista.

 

DESVIO PELA RUA

Enquanto a obra está sendo feita, usuários reclamam de falta de informação -não havia nenhuma placa no local-, ausência de operários trabalhando -a Folha esteve lá na segunda-feira e ontem, às 16h, e não viu nenhum- e da dificuldade de andar naquele trecho.

 

"Agora os ciclistas estão andando mais pela motofaixa, é perigoso", aponta Waneli Fernandes, 48, que mora na região e corre todos os dias no canteiro da Sumaré.

 

Em dez minutos no fim da tarde de ontem, a Folha viu três ciclistas descendo pela motofaixa.

 

O churrasqueiro João da Silva, 28, por exemplo, preferiu desviar do trecho com terra pela motofaixa por ser "mais rápido", já que a calçada também tem buracos.

 

Já o músico Carlos Magalhães, 38, até tentou passar pelo trecho com terra, mas quase caiu e desviou pela calçada. "Minha bicicleta não é para andar na terra, o pneu não adere. Mas venho pela calçada porque tenho receio de andar pela faixa de motos, elas vêm muito rápido."

 

 

  Editoria de Arte/Folhapress  

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