No local funciona um bar que teve a parte dos fundos interditada em maio do ano passado. As tábuas, instaladas pela Defesa Civil, ocupam metade da calçada.
O local foi interditado devido a uma infiltração no telhado do comércio. Os tapumes foram colocados para prevenir que partes da construção caíssem sobre os pedestres. Mas, até agora, a reforma no local não foi feita e as divisórias já foram trocadas duas vezes.
Desde setembro, a promotora de eventos Alda Maria Bezerra, 51 anos, acumula cinco protocolos e diversas reclamações na Ouvidoria. "Trago meu sobrinho da escola e preciso pegá-lo no colo e ainda segurar a mochila de carrinho porque a gente não consegue usar a calçada", diz.
A pensionista Josefina Bezerra, 50, chegou a cair no local. "Ralei meu joelho e quase fui atropelada na rua." A Avenida Pedro Américo tem grande movimentação de veículos, com linhas de ônibus e trajeto de caminhões. Outras duas vizinhas também já caíram no pedaço que restou da calçada e se machucaram sem gravidade.
Em fevereiro, a chuva fez com que os tapumes começassem a ficar podres. Com a degradação, os materiais foram trocados. "Eles estão começando a apodrecer novamente e cedendo para o lado que restou da calçada. Se bater um vento forte, as divisórias podem sair voando, atingir um pedestre ou um carro e causar acidente", adverte Josefina.
A Prefeitura informa que o proprietário do imóvel protocolou pedido de reforma em julho de 2011, mas que as obras ainda não foram iniciadas. Segundo o dono, o serviço não foi iniciado por conta do funcionamento do bar, que precisa ser fechado durante a reforma. A administração interditou totalmente o estabelecimento, que não obedeceu a ação fiscal e, por isso, foi aberto inquérito policial para tratar do caso.
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