O grupo Pedala Manaus, em associação com outros grupos de ciclismo de Manaus, organizaram na tarde do último sábado (4), no Parque dos Bilhares, um movimento de protesto na capital do Amazonas, o Pedalada pela Paz no Trânsito.
Nos últimos 15 dias aconteceram três acidentes envolvendo ciclistas. A morte do Francisco David Falcão no dia 2 de agosto foi o estopim para o grupo organizar o protesto.
"O trânsito é realmente muito inseguro tanto para os ciclistas quanto para os pedestres e até mesmo para os veículos motorizados", explicou o coordenador do Pedala Manaus, Ricardo Romero, o Alemão, 32.
O chamado por condições mais justas para os amantes da bicicletas atraiu cerca de 60 ciclistas com apitos, placas e avisos com mensagens como: "Um carro a menos, chega de morte". O grupo saiu do Parque dos Bilhares e foi em direção ao supermercado Carrefour, na Avenida Max Teixeira, local do acidente do Francisco David Falcão, onde pendurou em poste uma bicicleta pintada de branca, chamada de "ghost bike" e também cartazes de protesto.
A "ghost bike" era uma forma de homenagear a vitima morta no local, mas também para lembrar o poder publico sobre a causa dos ciclistas. "Vamos deixá-la também como símbolo da nossa ação. Provocando o poder publico para que eles possam nos dar melhores condições de pedalar na cidade", explicou Romero.
Entre os participantes do movimento era unânime de que Manaus é uma cidade que não trata bem seus ciclistas. "Com a freqüência de acidentes que vem acontecendo ao redor da cidade, é importante ter não só essa movimentação, mas várias outras", explicou Eduardo Lima, biólogo, 28.
O contador e ciclista Renato Batista, 38, reclamou da falta de respeito que os ciclista sofrem por parte dos motoristas. "Os motoristas, além de não respeitarem os ciclistas, ainda passam gritando para assustar ou tentar tocar, botando a mão para fora do carro. Coisas assim, acontecem em Manaus e ninguém toma providências".
A psicóloga Andreza Carla Lopes, 36, também ciclista, destacou que movimentos assim ajudam a desenvolver políticas públicas para a causa. "É uma movimentação necessária precisamos deixar nossa marca para que os governantes possam estar desenvolvendo políticas publicas para o desenvolvimento do ciclismo na cidade através de ciclovia e da educação", destacou.
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