Na Avenida João Naves de Ávila, uma das principais da metrópole do Triângulo, os ônibus circulam em faixas exclusivas e existem 13 estações de passageiros entre o Bairro Santa Luzia e o Centro.
Os passageiros pagam o valor da passagem antes de entrar no coletivo e podem desembarcar em qualquer estação e pegar uma linha para outro ponto da cidade. O sistema agiliza o deslocamento e reduz a fila na roleta.
Uma série de características diferencia o BRT do modelo de corredores convencionais. A maioria delas tenta replicar a previsibilidade dos metrôs: veículos de alta capacidade (articulados ou biarticulados), estações fechadas e protegidas, cobrança antecipada de tarifa, embarque no mesmo nível do ônibus, vias exclusivas, cuidado com o acabamento interno dos veículos e centros de controle operacional, que permitem indicar ao passageiro o tempo exato de espera.
Uma das vantagens do BRT é o prazo mais curto das obras. É possível fazer com que o projeto seja elaborado e entre em operação em aproximadamente dois anos, enquanto o tempo médio de construção de uma nova linha de metrô pode chegar a nove anos. Esse tempo de implantação do BRT é um dos fatores que pesa a favor da escolha do transporte pelos administradores públicos.
Qualquer investimento em transporte coletivo é bem-vindo e percebe-se que, em Uberlândia, o BRT já é um sucesso. Entretanto, os governantes devem entender que sozinho o BRT não é capaz de resolver todos problemas de mobilidade em grandes cidades.
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