Até o final do ano, está prevista a reformulação do trecho da ciclovia entre a divisa de São Vicente e o Emissário Submarino, no José Menino (Santos). Ao custo de R$ 538.448,18, as intervenções ficarão ao cargo da Engeterpa – Construções e Participações, vencedora da licitação iniciada em março.
O anúncio da ordem de serviço foi publicado no Diário Oficial de Santos de sexta-feira passada (6). Os trabalhos serão custeados com recursos estaduais do Departamento de Apoio ao Desenvolvimento das Estâncias Turísticas (Dade). Após as obras, o traçado daquele trecho da ciclovia será transferido do canteiro central da avenida Presidente Wilson para junto da faixa de areia.
Conforme o projeto, a nova ciclovia terá dois metros de largura e será iluminada por 32 postes. Um jardim fará a separação entre a pista exclusiva para ciclistas e o passeio público. O começo das intervenções está marcado para a primeira semana de agosto.
O contrato firmado nesta semana tem validade de oito meses. No entanto, a conclusão do lote poderá ser antecipada, conforme o secretário municipal de Infraestrutura e Edificações. Nilson da Piedade Barreiro. “É algo que todos esperam. A segurança de tirar o ciclista do meio da pista não tem preço”.
O novo trajeto irá interligar as malhas cicloviárias dos dois municípios vizinhos, sem nenhum obstáculo. Atualmente, o ciclista precisa cruzar a via em dois trechos. Fato que gera impacto no fluxo de veículos, pois as travessias são realizadas em pontos semafóricos, com intervalos de até 60 segundos cada, dependendo do horário.
Antigo pleito de ciclistas, a reformulação do trecho também terá reflexos no fluxo de veículos. Barreiro afirma que, numa segunda etapa, será refeita a pavimentação da via. A expectativa é que a avenida ganhe mais uma faixa de rolamento. Os cálculos mais otimistas citam ganhos de até 40% na capacidade da via.
Para quem depende da bicicleta para se locomover, as alterações são esperadas há muito tempo. “Deveriam ter feito assim desde o começo. Essa travessia é muito complicada e difícil”, afirma o pedreiro Sebastião Ferreira da Silva, 42 anos. “Sempre tem aquele que não espera o semáforo e se aventura nas ruas”, completa o auxiliar de serviços gerais, Antônio Cosme Moreira, 36 anos.
Já moradores dos condomínios em frente ao futuro empreendimento acreditam no convívio pacífico. “Sem a ciclovia, já há muito fluxo e não tem muitos problemas”, diz a pensionista Lucia Christina de Assis, 66 anos. “Só espero que exista respeito e (a ciclovia) seja bem sinalizada. Pois a gente atravessa (para ir a praia) por aqui”, acrescenta o funcionário público Pedro Correia, 52 anos.
Zona Noroeste
Apesar quase seis meses de atraso, outra antiga reivindicação de ciclistas encaminha para solução. A construção dos quatro quilômetros de ciclovia da Avenida Nossa Senhora de Fátima, na Zona Noroeste, deverá sair do papel também em agosto.
Embora sem obras físicas, Barreiro pontua que os trabalhos de realinhamento de postes de energia já estão foram iniciados. “Não adiantaria iniciar a construção, pois iria criar um transtorno no trânsito sem rendimento de obra”. As intervenções deverão ser entregues no próximo ano.
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