Na pauta, encontro com autoridades inglesas para a discussão de mobilidade urbana, habitação e saneamento básico. Os encontros também trataram de novas tecnologias de combustíveis e eficiência energética.
De acordo com ele, o que mais impressionou durante a visita foi o sistema de transporte londrino, com a interligação entre trens de superfície, metrô e linhas de ônibus.
"A Inglaterra está em um momento bem diferente do Brasil. Esses investimentos foram feito ainda no pós-guerra, no final dos anos 40. Foi bastante interessante conhecer como é feita a gestão do transporte e um pouco disso pode ser levado ao Brasil", disse.
O ministro afirmou ter convidado as autoridades inglesas para conhecer o País e acompanhar os trabalhos que estão sendo feitos para a Copa do Mundo e os Jogos Olímpicos de 2016, que serão disputados no Rio de Janeiro.
De acordo com ele, uma das experiências mais bem sucedidas do Brasil em comparação com o que foi apresentado a ele pelos ingleses está no uso de energia limpa. "Aqui, eles estão investindo no uso de uma frota de ônibus híbrida, com a utilização da eletricidade e a redução na emissão de gases. Isso, acredito, possa ser utilizado de forma rápida no Brasil", afirmou.
Ribeiro deverá voltar a Londres, ainda este mês, durante a visita da presidente da República Dilma Rousseff, que estará na Inglaterra no período de abertura dos Jogos.
O ministro disse também que a alternativa menos poluente de mobilidade, com a implantação de pistas rápidas exclusivas para bicicletas é algo que pode ser levado ao Brasil. A Inglaterra pretende aumentar em 400% o uso da bicicleta na cidade de Londres até 2015. Somente com a construção de infraestrutura adequada para os Jogos Olímpicos, o uso da bicicleta aumentou cerca de 70% na cidade.
A secretária Nacional de Habitação, Inês Magalhães, que também participou dos encontros, disse que entre o que viu em Londres e que pode ser utilizado no Brasil são os bairros planejados, dentro do projeto Minha Casa, Minha Vida.
"O que não podemos repetir é a construção de cidades dormitórios. Já estamos implantando no Brasil, um conceito de bairros, em que os equipamentos urbanos sejam construído ao mesmo tempo que as residências, para que se evitem grandes deslocamentos todas as vezes que se precisa utilizar um deles", disse ela.
Segundo ela, as construções precisam dialogar com o planejamento, o que, no Brasil, nem sempre foi assim. "Também observamos algumas soluções no uso de materiais, principalmente no que diz respeito às novas tecnologias. Vamos conversar sobre o uso de algumas novas tecnologias, que estão em desenvolvimento", disse.
Nesta terça-feira, o ministro se encontrou com técnicos do Ministério de Comunidades e Governos Locais. Também esteve na Aecom, empresa britânica que venceu a concorrência pública para desenvolver o Plano Diretor do Parque Olímpico de Londres e do Rio de Janeiro.
"Pudemos conhecer projetos de revitalização urbana (East London), acessibilidade e mobilidade urbana, além de habitação social e resíduos. Temos de trabalhar forte para também deixar um legado ao Brasil", afirmou.
No fim do dia, o ministro foi recebido para um coquetel na casa do embaixador brasileiro Roberto Jaguaribe, nas imediações do Hyde Park.