Quatro mil carros e nenhuma ciclovia: o trânsito complicado da Esalq de Piracicaba

Pesquisa revela a piora da mobilidade no campus da Escola Superior de Agricultura Luiz de Queiroz (USP), no interior paulista, e sugere estímulos ao uso da bicicleta

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Fonte: G1 Piracicaba e Região  |  Autor: Da redação  |  Postado em: 04 de julho de 2012

Região do restaurante universitário é uma das que

Carros lotam estacionamentos do campus

créditos: Eduardo Guidini/G1

 

Uma pesquisa realizada na Escola Superior de Agricultura Luiz de Queiroz (Esalq), em Piracicaba (SP), mostra que 5 mil pessoas, 4 mil carros e 400 bicicletas circulam pelo campus diariamente.

Estudo respondido por alunos e funcionários mostrou também que 30% das pessoas que frequentam o local moram num raio de três quilômetros da universidade. A falta de ciclovias e ciclofaixas é apontada como um dos principais fatores para o grande número de veículos na área da Universidade de São Paulo (USP).

 

"É muito perto. Se as avenidas Independência e Carlos Botelho tivessem ciclovia, ajudaria. Tem gente que não usa bicicleta pelo risco da convivência com carros e caminhões", disse Marcus Vinicius Casadei, um dos autores do estudo. Ainda segundo ele, quem se desloca a pé ou de bicicleta corre alto risco de acidentes no entorno da universidade. "Para atravessar as avenidas Pádua Dias e Independência, em horários de pico, é muito complicado, mesmo com radares, semáforos e faixas", disse o estudante.

 

Ciclofaixas não chegam até o campus
Na segunda-feira (2), a prefeitura de Piracicaba anunciou a construção de 8,2 quilômetros de cliclofaixas na região dos bairros Nova Piracicaba e Castelinho. A primeira prevê a criação da faixa para ciclistas na Avenida Paulista e vai ligar a Avenida Cruzeiro do Sul com a Rua Joanna d'Arc. O projeto não contempla a região da Esalq, mas uma área nobre da cidade.

 

De acordo com a pesquisa, 50% chega para estudar ou trabalhar de carro e, deste total, metade vai sozinho e apenas 5%, de carona. "Na Europa é comum a formação de pontos de carona dentro e fora dos campi universitários", lembrou Casadei. "Acredito que existe um potencial muito grande para o transporte solidário (carona) a ser explorado", disse o estudante Thiago Péra, que também participou do estudo.

 

Problema que cresce
Para o diretor da Esalq, José Vicente Caixeta Filho, a mobilidade no campus está complicada pelo grande número de carros. "Está cada vez mais difícil a mobilidade devido ao número crescente de veículos ocupados por uma única pessoa, entre outros fatores", opinou o diretor.

 

O estudo desenvolvido pretende contribuir com o trabalho já desenvolvido por uma comissão da prefeitura do campus, que busca equacionar problemas relacionados aos deslocamentos de alunos e servidores. Com o resultado em mãos, ações pontuais são feitas para motivar o uso de bicicletas e otimizar o trânsito de veículos, diz a universidade.

 

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