Transporte sustentável é esperança na Rio+20

O documento final entregue aos chefes dos países membros da ONU, na Rio+20, foi criticado por diversas ONGs e movimentos sociais por ser muito brando

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Fonte: The City Fix Brasil  |  Autor: Maria Fernanda Cavalcanti  |  Postado em: 21 de junho de 2012

Manish Bapna durante Diálogos Sociais, na Rio+20

Manish Bapna durante Diálogos Sociais, na Rio+20

créditos: Mariana Gil / Embarq Brasil

O documento final entregue aos chefes dos países membros da Organização das Nações Unidas, na Rio+20, foi criticado por diversas ONGs e movimentos sociais por ser muito brando em relação a questões ambientais urgentes. Manish Bapna, presidente interino do Instituto de Recursos Mundiais (WRI) do qual a EMBARQ (produtora do TheCityFix) faz parte, também criticou o texto, mas acredita que alguns pontos como Objetivos para o Desenvolvimento Sustentável, Governança e Transporte avançaram e surgem como esperança para o debate entre os líderes governamentais na reta final da conferência.

 

“No passado, o transporte não era considerado nas discussões de sustentabilidade, mas agora estamos vendo o transporte subir na agenda. À medida que a classe média global cresce e torna-se mais urbana, estamos caminhando para um mundo com mais carros, mais congestionamento, mais poluição, e desafios relacionados. É vital que respondamos a estes desafios de transporte e urbanização. E a inclusão de forte linguagem de transporte público coletivo no texto da Rio+20 é um passo à frente”, analisa Bapna.

 

Para o especialista em desenvolvimento internacional houve ainda outros movimentos importantes ligados ao transporte sustentável durante as discussões desta semana na Conferência das Nações Unidas. Um dos pontos altos foi o anúncio do comprometimento das cidades com a urbanização sustentável, realizado pelo prefeito de Nova Iorque, Michael Bloomberg, durante o Rio+C40. Os municípios membros se comprometeram em deixar de emitir 248 milhões de toneladas de gases poluentes até 2020, com expectativa para chegar a 1 bilhão de redução de emissões até 2030.

 

“O WRI está trabalhando para criar cidades mais saudáveis e atrativas em muitos níveis, por meio de planejamento urbano, expansão de sistemas BRT-Bus Rapid Transit e auxílio às cidades na medição e redução dos gases de efeito estufa”, lembra Bapna.

 

O comandante do WRI também frisou a importância do anúncio feito pelos Bancos de Desenvolvimento que investirão US$ 175 bilhões em ações de incentivo ao transporte sustentável durante os próximos 10 anos. “Como o meu colega Holger Dalkmann (diretor mundial da EMBARQ) disse, esse é um potencial ‘game changer’ para o transporte sustentável no mundo todo, levando-o direto para o centro da agenda sustentável”, conclui.

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