O Hibribus, que será incluído na frota de transporte público de Curitiba, é movido a eletricidade e biodiesel. Curitiba foi a primeira cidade brasileira a adotar o Bus Rapid Transit (BRT), na gestão de Jaime Lerner, nos anos 70. A frota é abastecida por biodiesel e emite 63,7% menos fumaça; 46% menos monóxido de carbono e 65% menos hidrocarbonetos totais.
Chamada de "cidade verde", a capital paranaense atrai cada vez mais novos moradores; por outro lado, crescem seus problemas urbanos, como favelas e violência. E ainda assim a cidade continua sendo referência na América do Sul quando o assunto é sustentabilidade.
Apesar do crescimento populacional, Curitiba está entre as cidades com maior crescimento salarial médio entre as capitais brasileiras – o valor chegou, segundo o IBGE, a R$ 1.853,50 em 2011, superado apenas por São Paulo.
"Nossos problemas ambientais decorrem do aumento da população. Temos verificado altos índices de poluição sonora em alguns pontos da cidade, pois o volume de automóveis aumentou, o que acaba comprometendo a qualidade do ar. O aumento do esgoto sem tratamento também afetou a qualidade da água dos rios", comenta o coordenador de Engenharia Ambiental da Universidade Federal do Paraná, Maurício Gobbi.
O prefeito da capital, Luciano Ducci, defende que não se pode avaliar se uma cidade é sustentável, se não for avaliado seu desempenho socioeconômico: "Ser sustentável é trabalhar para a erradicação da pobreza e da miséria. Estamos trabalhando para reduzir as desigualdades e Curitiba é a cidade que mais diminuiu a pobreza entre as capitais brasileiras de 2003 a 2009, com queda de 65% apontada pela Fundação Getúlio Vargas, enquanto a média nacional no período foi de 42%. Curitiba apresentou uma queda de 10,7% na desigualdade social e a redução média no país foi de 4,45% no mesmo período", diz.