Com a participação do prefeito Gilberto Kassab, secretários e representantes de patrocinadores, começou a funcionar nesta quinta-feira (24) o Bike Sampa, programa de compartilhamento de bicicletas que até 2014 promete oferecer três mil magrelas, distribuídas por 300 estações de empréstimo em São Paulo.
Até a próxima terça-feira (29), o Bike Sampa terá colocado em funcionamento 10 estações, com 100 bicicletas. Ainda nesta primeira etapa, serão inauguradas dez estações, com mil bikes, na região da Vila Mariana, incluindo duas estações do metrô.
O projeto, uma parceria entre a prefeitura, Serttel e Itaú Unibanco, adota o mesmo sistema implantado com sucesso há sete meses no Rio de Janeiro, caracterizado pelas bicicletas laranjas (no Rio, apelidadas de 'laranjinhas').
O lançamento, na Cinemateca Brasileira, contou com a presença de Kassab e do secretário de Transportes Marcelo Branco, além do "padrinho" do projeto, o apresentador Luciano Hulk. Participaram também o vice-presidente do Itaú Unibanco, Zeca Rudge, e o engenheiro Ângelo Leite, da Sertell, que desenvolveu a tecnologia do sistema.
Abrindo o evento, a mestre de cerimônia e cicloativista Renata Falzoni destacou a "magrela" como um veículo de transporte (e não um brinquedo!, reiterou) saudável e sustentável, que "dá asas ao pedestre". Integrado ao transporte, disse ainda, "é fundamental para a mobilidade urbana. Com um crescimento exponencial - são 250 mil bicicletas hoje na cidade -, a necessidade de promover um trânsito compartilhado, com lugar para as duas rodas, é mais que urgente, concluiu Falzoni.
O projeto prevê a expansão do Bike Sampa para vários bairros da zona sul, centro e zona leste da cidade nos proximos 3 anos. E, segundo a assessoria do Itaú, até 2014 o entorno da Arena Corinthians, em Itaquera, já terá várias estações do sistema para facilitar a circulação dos torcedores entre o estádio e as estações do metrô e dos trens urbanos.
Mobilidade sustentável
Zeca Rudge, do Itaú, destacou a vocação de São Paulo para incluir a bicicleta num projeto de mobilidade, criando uma malha interligada ao transporte público: "A ideia é ir gradativamente ampliando as estações: em três meses fechando o quadrilátero na Vila Mariana, indo até o parque Ibirapuera; depois até o Parque do Povo, e da Paulista chegando a outros pontos, como os Jardins e ao sul, até Interlagos".
Rudge informa que o projeto, no Rio, já realizou um total de 600 mil viagens, ou 5 mil viagens por dia. "Há até filas para pegar as bicicletas nos fins de semana, por isso, devemos aumentar em breve o número de bikes disponíveis, para 1.800, e ampliar o programa da Barra até o Maracanã", diz o representante do Itaú.
Todas as bicicletas do Bike Sampa são dotadas de chip, para controle e monitoramento. A manutenção e controle do programa está a cargo da Sertell, empresa de soluções sustentáveis para o ambiente urbano que desenvolveu a tecnologia do sistema. "Usamos criatividade e simplicidade para desenvolver uma tecnologia totalmente nacional, com soluções inovadoras (os sistemas europeus mostraram ser caros aqui). O programa é de relacionamento virtual, com celular e, nas estações, uso 100% de energia solar e wireless", explicou.
Cadastro na internet
Para usar o sistema, é preciso preencher um cadastro no site www.bikesampa.com e pagar o valor de 10 reais (em garantia) no cartão de crédito. As bicicletas ficam disponíveis em estações separadas por até um quilômetro de distância, em todos os dias da semana, das 6h às 22h. Para localizar a estação mais próxima, os paulistanos poderão consultar pela internet ou via celular pelo site do Bike Sampa. A checagem também aponta qual o local mais perto com bicicletas disponíveis.