Houve uma época em que as estações do metrô carioca se comunicavam com a superfície através de escadas e pequenas aberturas no solo. Assim eram as estações Botafogo, Catete, Glória, Cinelândia, Uruguaiana e Presidente Vargas. Assim também eram (são) as estações dos metrôs de Londres, Paris e Nova York. Uma escada e um buraco no chão, lá no cantinho da calçada. Apenas as estações de conexão entre linhas ou entre diferentes modalidades de transporte exigiam instalações ligeiramente mais complexas na superfície.
Hoje, toda e qualquer estação de metrô precisa ser espalhafatosa, com muitos tubos retorcidos, vidros inclinados, telhados de múltiplas camadas e cabos de aço que nada sustentam.
Lembro que as praças cariocas eram apenas praças, lugar para deixar o tempo passar enquanto se pensa na vida. Depois, sob o pretexto de que precisávamos de educação, passaram a ser compreendidas como terrenos disponíveis para a implantação de escolas municipais, em troca de parte de sua arborização. É verdade, precisamos de educação (muita), mas também precisamos de praças.
* Leia o texto completo de Eduardo Barra no blog Palavra de Especialista