A capital gaúcha está passando por transformações para atender à crescente demanda no seu sistema de transporte público. Uma matéria especial do Jornal do Comércio, publicada hoje (19), traz um panorama sobre as três linhas de BRT (Bus Rapid Transit) previstas para Porto Alegre nas avenidas Protásio Alves, Bento Gonçalves e João Pessoa; além do metrô e a expectativa de qualificar a mobilidade da cidade também por meio de novas políticas públicas após a criação da PNMU – Política Nacional de Mobilidade Urbana.
No total serão modificados 16,7 km de corredores que receberão novo asfalto de concreto e novas paradas. Porém, alguns fatores básicos para a implementação de um sistema BRT eficiente ainda são dúvidas no projeto gaúcho, como a possibilidade de haver ultrapassagem nos corredores, o embarque em nível e os próprios ônibus que vão operar. “A ideia do BRT, que era a essência do projeto Portais da Cidade está presente, mas não dá para se dizer se aqui será um sistema de alta eficiência”, explica Luis Antonio Lindau, diretor-presidente da EMBARQ Brasil (produtora deste blog), ao JC.
Preocupado com a real eficiência do transporte público e o número de carros em ascensão na cidade, Lindau vê na PNMU uma alternativa para superar os problemas de tráfego. O especialista lembra que a nova lei autoriza a taxação de congestionamento como forma de inibir o uso irracional do automóvel, medida já adotada por cidades como Londres e Cingapura. “Você saberá que sair naquele horário tem um custo e poderá escolher se sai ou não. Quem pegaria o carro para andar duas quadras até a padaria já não sairá. Reduzir o fluxo em 20% ou 30% é o que precisamos”, esclarece.
Leia a matéria completa do JC aqui.
Custo de implantação do BRT
Corredor BRT Protásio Alves
Investimento – R$ 55,8 milhões
(R$ 53 milhões financiados pela CEF e R$ 2,8 milhões de contrapartida municipal)
- 7,0 km de corredor em pavimento de placa de concreto
- Adaptação das estações – padrão BRT
- Implantação de terminal de ônibus (Terminal Manoel Elias)
Corredor BRT Bento Gonçalves
Investimento – R$ 24,2 milhões
(R$ 23 milhões financiados pela CEF e R$ 1,2 milhões de contrapartida municipal)
- 6,50 km de corredor em pavimento de placa de concreto
- Adaptação das estações – padrão BRT
- Readequação do terminal de ônibus (Terminal Antônio de Carvalho)
Corredor BRT João Pessoa
Investimento – R$ 32,5 milhões
(R$ 28 milhões financiados pela CEF e R$ 4,5 milhões de contrapartida municipal)
- 3,2 km de corredor em pavimento de concreto armado
- Adaptação das estações – padrão BRT
- onitoramento Operacional dos Corredores BRT
Investimento – R$ 14,4 milhões
(R$ 13,7 milhões financiados pela CEF e R$ 0,7 milhão de contrapartida municipal)
Fonte: Secretaria Municipal de Gestão e Acompanhamento Estratégico