O governador Geraldo Alckmin (PSDB) prometeu ontem que a rede de metrô de São Paulo alcançará cerca de 200 km em 2018, o que significaria quase triplicar a malha atual, que é de 74 km.
Com isso, atingiria a mesma dimensão dos sistemas da Cidade do México (202 km) e de Paris (213 km) e metade da do metrô de Londres (400 km), o maior da Europa Ocidental.
"Até o fim do meu mandato, em 2014, vamos entregar 30 km de metrô e deixar mais de 90 km em obras. A meta é chegar a 200 km de metrô."
Para atingir o objetivo, Alckmin terá de imprimir um ritmo muito diferente do adotado desde que o PSDB chegou ao governo do Estado, em 1995, com Mario Covas.
À época, São Paulo tinha 49 km de metrô --ou seja, em 17 anos de governo, a rede cresceu 25 km. Para chegar à meta em 2018 --quando ainda poderá ser governador, já que deve disputar a reeleição em 2014--, o tucano precisará construir 21 km ao ano.
A estimativa foi feita ontem durante a assinatura de convênio para consultoria com o Banco Mundial para estruturar parcerias público-privadas para três novas linhas.
Das três, a mais próxima de virar realidade é a 6-laranja, que irá ligar, na primeira fase, Brasilândia (zona norte) ao centro, cruzando Perdizes, Pompeia, Higienópolis, Pacaembu e Bela Vista.
Já com licitações em andamento (como projetos de estações e laudos de desapropriação), está prevista para entrar em operação em 2017.
As outras linhas que deverão ter dinheiro privado são a 18-bronze (São Paulo ao ABC) e 20-rosa, que irá ligar o bairro da Lapa (zona oeste) a Moema (sul).
EM OBRAS
Três linhas estão em obras, sendo as mais avançadas o monotrilho da zona leste, que deve chegar a Cidade Tiradentes em 2016, e o prolongamento da linha 5-lilás, de Santo Amaro a Chácara Klabin, que pode operar em 2015.
Outra linha em construção é a 17-ouro, que vai ligar Congonhas ao Jabaquara e ao Morumbi. A primeira fase, do aeroporto à marginal Pinheiros, deve estar pronta em 2014, antes da Copa do Mundo.
Também já tem as primeiras licitações e sondagem de solo em andamento a linha 15-branca, que vai ligar Vila Prudente (leste) à via Dutra.
Integram a conta de Alckmin as extensões da linha 4-amarela a Taboão da Serra (Grande SP) e o prolongamento da linha 5 ao Jardim Ângela (zona sul).
Segundo o vice-governador Guilherme Afif Domingos, que preside o Conselho Gestor de PPPs, algumas das principais empreiteiras do país manifestaram interesse nos projetos, mas o governo quer disputa internacional.
O Banco Mundial vai ajudar a modelar a engenharia financeira e o tipo de PPP, que pode ser total (a empresa constrói e opera a linha) ou parcial (o governo constrói e concede a operação).
Além de dinheiro das PPPs, o governo conta ainda com recursos federais e empréstimos de bancos como o BID (Banco Interamericano de Desenvolvimento) e o BNDES.
No Plano Plurianual 2012-2015, o governo projetou um investimento de R$ 45 bilhões na rede de trens e metrô.
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