O repasse de recursos do Governo Federal para aconstrução do metrô em Curitiba foi adiado. A liberação de R$ 1,75 bilhão já foi aprovada e deveria ter sido publicada em Diário Oficial até o fim do mês de março, mas a falta de avaliação em outras obras do Programa de Aceleração do Crescimento (PAC) da Mobilidade Urbana Grandes Cidades emperra o repasse.
O projeto prevê 14 km de trilhos com 13 estações. A chamada Linha Azul irá ligar o extremo sul da capital, na Cidade Industrial de Curitiba até o Centro. Do montante fornecido pelo Governo Federal, R$ 1 bilhão foi a fundo perdido, ou seja, não precisará ser pago. O restante foi financiado em R$ 450 milhões para a Prefeitura e R$ 300 milhões para o Governo Estadual. A obra tem previsão de custo de R$ 2,25 bilhões, sendo que o valor restante deve ser angariado pelos governos municipal e estadual e a iniciativa privada.
O PAC irá contribuir com R$18 bilhões para as 24 maiores cidades do país aplicarem em sistemas de transporte público. Na avaliação da presidente da república, Dilma Rousseff, o projeto do metro de Curitiba está entre os melhores apresentados ao governo federal e é de qualidade. "O governo federal está muito preocupado com as questões urbanas", afirmou.
Apesar do atraso, as autoridades locais não estão preocupadas com o andamento das obras. O governador do Paraná Beto Richa afirmou que o dinheiro para Curitiba está garantido. “O conhecimento que eu tenho é que está bem encaminhado o metrô de Curitiba. Conversei na semana passada com a ministra-chefe da Casa Civil, Gleisi Hoffmann, que novamente confirmou que está dentro do planejamento do Governo Federal a construção do metrô”, afirmou.
O Instituto de Pesquisa e Planejamento Urbano de Curitiba (Ippuc), órgão da Prefeitura Municipal, aguarda a publicação para este mês ainda. Então, deve marcar uma audiência pública e depois empreender a licitação. Sem novos atrasos, a previsão é de que as obras comecem até o final do ano. “São quatro anos para a execução da obra, é isso que está previsto no edital de licitação. A expectativa da Prefeitura de Curitiba é de que até o final de 2016 a gente possa ter já essa primeira linha em operação”, afirmou o presidente do Ippuc, Cléver Almeida.
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