A representante do governo federal conheceu todo o percurso, junto com as equipes do governo do Estado e da Prefeitura de Belém, nos trajetos do Ver-o-Peso até o município de Marituba, onde será implantado o Terminal de Integração, e a Rodovia Augusto Montenegro até a orla de Icoaraci, onde será construído o Terminal Intermodal.
“Estamos em Belém para avaliar o projeto de mobilidade urbana da capital e definir a participação deste no PAC Mobilidade, o Programa de Aceleração do Crescimento do Governo Federal”, informou Luiza Gomide, ressaltando que a lista das cidades escolhidas para receber os recursos do PAC será divulgada em abril. Ela explicou que o próximo passo será o encaminhamento dos projetos do Estado e da Prefeitura para o Ministério das Cidades, já com os ajustes acordados entre as partes. Segundo Luiza Gomide, foi “muito positiva a integração dos dois projetos”.
“O governador Simão Jatene frisou que não importa quem execute a obra, pois o importante é que o sistema de mobilidade seja implantado e beneficie a população da Região Metropolitana de Belém. Dessa maneira, firmamos um acordo que integrará os projetos e contemplará 40 quilômetros de vias interligando a Região Metropolitana”, explicou César Meira, presidente do Núcleo de Gerenciamento de Transporte Metropolitano (NGTM). Segundo ele, este é um projeto “que trará qualidade de vida para a população, que hoje em dia leva cerca de 2horas para fazer um percurso de Marituba até o centro da cidade”.
Ajustes
No acordo firmado entre Estado e Prefeitura ficou definido que o governo será responsável pela construção do BRT, no trecho do Entroncamento até o município de Marituba, e pelas obras de prolongamento da Avenida João Paulo II. A Prefeitura executará as obras do corredor da Rodovia Augusto Montenegro até Icoaraci, estendendo até a orla, com a construção de um Terminal Intermodal, e do corredor da Avenida Almirante Barroso até o Ver- o Peso.
Para a integração serão ajustados os seguintes pontos: Extensão dos percursos até o centro de Belém e orla de Icoaraci com faixas preferenciais, conforme itinerário definido no projeto Ação Metrópole; Terminal Intermodal em Icoaraci; Revisão das Estações de Integração da Rodovia Augusto Montenegro; Observância dos pontos de parada de acordo com os polos geradores de tráfego; Soluções geométricas de ultrapassagem nos pontos de parada dos corredores, sem comprometimento da capacidade da via (pista e faixas de tráfego) para tráfego geral; Soluções de embarque e desembarque de passageiros em nível nos pontos de parada, com pagamento antecipado da tarifa, incluindo os trechos do centro de Belém e de Icoaraci; Padronização dos ônibus com as mesmas especificações técnicas, previstas no Ação Metrópole (O NGTM propõe a utilização de veículos articulados e não biarticulados); Supressão dos terminais de integração previstos para o Entroncamento e São Braz, e a Manutenção da ciclovia no canteiro central da Avenida Almirante Barroso.
Após as adequações sugeridas pela equipe do “Ação Metrópole”, que considera as propostas fundamentais do ponto de vista técnico, a Prefeitura apresentará seu projeto, em reunião marcada para o próximo dia 4 (quarta-feira), quando também será assinado o Termo de Compromisso entre Estado e Prefeitura.
Luiza Gomide elogiou o projeto Ação Metrópole e ressaltou que o processo de discussão faz parte da democracia, e que a solução para a execução das obras mostra a maturidade do poder público local.
Além de se candidatar ao PAC Mobilidade, o governo do Estado já conta com os recursos da Jica (agência japonesa de cooperação internacional), informou a diretora executiva do NGTM, Marilena Mácola Marques.
A primeira etapa do projeto Ação Metrópole foi finalizada com a construção da Avenida Centenário Assembleia de Deus. A segunda fase contempla o prolongamento da Avenida João Paulo II, no trecho entre a Passagem Mariano e a Rodovia Mário Covas, uma obra de cerca de 3.800 metros, que será uma segunda opção de entrada e saída da capital paraense.
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