Criado em dezembro, o projeto previa que as autuações teriam início hoje. A justificativa da entidade é de que a fase de orientação da campanha Travessia Segura ainda precisa ser intensificada nas cidades. A nova data deverá ser definida em reunião realizada hoje.
A ideia é regionalizarmos ainda mais as ações e, aí sim, entendermos que a sociedade está preparada para que a fiscalização seja intensificada", explica a coordenadora do Grupo de Trabalho de Mobilidade do Consórcio, Andrea Brisida. A coordenadora salienta que as prefeituras já fiscalizam o desrespeito às faixas de travessia, mas avalia que o trabalho de conscientização dará mais respaldo para que o poder público implemente ações "mais ostensivas" de fiscalização, com a aplicação de multas.
No dia 6, o presidente do Consórcio e prefeito de Diadema, Mário Reali (PT), já havia sinalizado a possibilidade de adiar o início das multas. Na ocasião, o petista cobrou os demais prefeitos da região para que intensificassem a campanha nos municípios. Mesmo com a solicitação de Reali, reportagem publicada pelo Diário na edição do dia 13 mostrou que a campanha obteve poucos avanços. O único local onde alguns condutores já param os veículos para a travessia é nas proximidades da estação de São Caetano.
Apesar de a campanha ser organizada pelo Consórcio, a execução das ações nas ruas e a confecção de materiais publicitários são de responsabilidade de cada uma das prefeituras. Nos primeiros 45 dias do projeto, o foco foi a conscientização de motoristas. Em seguida, o público-alvo passou a ser os pedestres.
MULTAS
As infrações para os condutores que desrespeitarem os pedestres variam entre R$ 85,13 e R$ 191,54. De acordo com o Código de Trânsito Brasileiro, o motorista que deixa de dar preferência de passagem a pedestres ou veículos não motorizados comete infração gravíssima, com sete pontos na carteira nacional de habilitação. Quem para o veículo sobre a faixa durante a mudança do semáforo comete infração média e recebe quatro pontos na CNH.
Cidade do Lego ensina sobre o trânsito
Interagir com o espaço urbano e aprender a interpretar as sinalizações viárias. Foi com esse objetivo que a Prefeitura de São Bernardo montou duas cidades de Lego para crianças entre 3 e 14 anos, que funcionam dentro do CRT (Centro de Reflexão de Trânsito), localizado no Parque São Diogo. O projeto teve início ontem.
Um dos cenários, para os alunos entre 3 e 6 anos, consiste em tapete com seis situações diferentes. "A criança vai aprender onde cada elemento tem de ficar no trânsito, nos locais como a rua, a calçada e a ciclovia, por exemplo", explica a coordenadora do programa de Educação Para o Trânsito do município, Valdênia Santos.
Na segunda cidade, para os que têm entre 7 e 14 anos, o cenário é mais complexo. Os participantes aprendem a identificar e interpretar as placas de sinalização e distribuí-las pelo mapa de acordo com a necessidade. "A criança tem a possibilidade de colocar semáforo onde ela acha preciso, por exemplo", diz a coordenadora.
"O objetivo geral é fazer com que a criança saiba as responsabilidades de cada um no trânsito. A vantagem é que elas são agentes multiplicadores, que, após aprenderem, vão cobrar dos pais que também tenham a postura adequada", complementa.
As atividades duram cerca de uma hora e são supervisionadas por monitores. São esperadas cerca de 2.000 crianças por mês. O valor investido na criação das cidades não foi divulgado. As escolas que quiserem levar os alunos ao CRT devem procurar o Serviço de Educação Para o Trânsito.
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