Mesmo com um percentual baixo de motoristas que dão prioridade ao pedestre na faixa - apenas 25,3% - , o movimento Faixa Viva, em 10 meses, ajudou a reduzir em 50% o número de mortes por atropelamento em Santos. Os dados constam em levantamento feito pela CET (Companhia de Engenharia de Tráfego), com base em boletins de ocorrência da Polícia Militar, que também indica que o número de vítimas graves caiu 69%.
Entre 10 de maio de 2011 e 10 de janeiro último, foram registrados sete óbitos e quatro ocorrências com vítimas graves. No mesmo período do ano anterior foram contabilizadas 13 vítimas com gravidade e 14 mortes.
Em relação à quantidade de atropelamentos, a redução foi de 9,6% (de 199 para 180 ocorrências). O levantamento ainda comprovou que o número de vítimas em geral caiu de 201 para 184.
"A Faixa Viva não só tem contribuído para preservar vidas como diminuiu a gravidade das vítimas de atropelamento, o que nos incentiva a aumentar as ações do movimento”, afirma o presidente da CET, Rogerio Crantschaninov.
Nesta quinta-feira, durante levantamento realizado na faixa de segurança localizada na confluência da Avenida Ana Costa com a Rua Cunha Moreira (Encruzilhada), a CET constatou o índice de 25,3% dos motoristas que dão prioridade ao pedestre. Mesmo com o número baixo, a marca é recorde nos 10 meses de campanha, segundo a companhia.
No início da campanha, apenas 1,2% dos motoristas concederam a passagem ao pedestre na faixa de travessia. Após dois meses, 2,6%. Depois de três meses, 8,3% concederam a prioridade. Nos nove meses, 17,5% dos condutores pararam ao avistarem o pedestre.
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