A publicação, no Diário Oficial da União, da autorização do projeto de construção do metrô em Curitiba só deve sair em 31 de março. Essa é a terceira data agendada pelo Ministério das Cidades, que havia se comprometido outras duas vezes: para 31 de janeiro e para esta quarta-feira.
Segundo a assessoria do ministério, “como foram muitas propostas apresentadas, leva tempo para analisar todas elas”. Sem falar na “burocracia dos processos”, que “podem provocar o adiamento”.
Além de Curitiba, oito capitais, inscritas no PAC da Mobilidade, aguardam a publicação para, então, abrir o processo licitatório e começar as obras: Porto Alegre, São Paulo, Rio de Janeiro, Belo Horizonte, Salvador, Recife, Fortaleza e Brasília.
A prefeitura de Curitiba informou “que está prestando todas as informações solicitadas pelo Governo Federal”. É justamente disso que a Câmara de Vereadores quer se certificar. O presidente da Comissão de Urbanismo, Luiz Felipe Braga Côrtes (PSDB), adiantou que vai convocar o presidente do Ippuc ( Instituto de Pesquisa e Planejamento Urbano de Curitiba), Cléver Almeida, para “prestar esclarecimentos”.
“Temos que tomar conhecimento de como está caminhando o processo, se o motivo dos adiamentos, que são prejudiciais, está no ministério ou se o município deve alguma coisa”, afirma Côrtes.
O vereador Jonny Stica (PT), ex-presidente da Comissão, lembra que “a prefeitura teve problemas com relação ao projeto, com sucessivos atrasos”. “Isso mostra que não é algo fácil de ser implementado, requer muitos processos até pelo montante investido. Mas esperamos que isso se desenhe muito bem”, afirma.
Prazo ainda não foi comprometido
O término das obras da primeira fase do metrô está previsto para 2016. Mesmo com o atraso na licitação, o Ippuc informou, pela sua assessoria, que “por enquanto, o prazo não está comprometido porque o município pode, paralelamente, trabalhar outros pontos do projeto”.
Segundo o instituto, ainda é preciso que a União defina o modelo da PPP (parceria público-privada), de onde virão R$ 500 milhões.
O restante do dinheiro deve vir do Governo Federal, sendo R$ 1 bilhão a fundo perdido e R$ 750 milhões em financiamentos (R$ 450 milhões para a prefeitura e R$ 300 milhões para o Estado).
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