Depois de três anos de idas e vindas, o Veículo Leve sobre Trilhos (VLT) de Brasília pode ser abandonado em definitivo pelo governo do Distrito Federal.
Apesar de o vice-governador Tadeu Filippelli afirmar que o edital está em fase de ajustes finais, o governo ainda não decidiu se vai ou não tocar o projeto.
Caso decida levar a obra adiante, Brasília enfrentará outro risco: o VLT pode não ficar pronto até a Copa, porque a construção leva, no mínimo, 24 meses.
Incluído na Matriz de Responsabilidade, uma lista com os projetos de transporte essenciais para a realização do Mundial, o VLT de Brasília já virou até caso de polícia.
A obra foi paralisada há mais de um ano por suspeitas de fraude na licitação. Como a manipulação foi confirmada, o Tribunal de Justiça do DF cancelou a licitação em dezembro passado. O consórcio das empresas Dalcon e Altram/TCBR chegou a entrar com recurso, mas perdeu.
Antes mesmo do cancelamento da licitação, o governo havia se antecipado, rescindido o contrato e anunciando que lançaria novo edital. A previsão era de que a concorrência estivesse na rua em outubro do ano passado, mas até hoje nada foi divulgado. Entre 20 e 30 de dezembro, foi aberta uma consulta pública sobre o edital.
Por integrar os projetos da Copa, o VLT de Brasília teria financiamento de R$ 263 milhões assegurado pela Caixa Econômica Federal (CEF). O valor cobriria 95% da obra, orçada em R$ 276,9 milhões.
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