Oito passos para a criação de cidades aptas para o ciclismo

Cidades Seguras para o ciclismo começou depois de que uma jornalista do jornal britânico, The Times, foi atingida por um caminhão a poucos metros de seu lugar de trabalho

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Fonte: This Big City  |  Autor: Joe Peach  |  Postado em: 02 de março de 2012

Cidades Seguras para o ciclismo

Cidades Seguras para o ciclismo

créditos: SlipStreamJC

Cidades Seguras para o ciclismo começou depois de que uma jornalista do jornal britânico, The Times, foi atingida por um caminhão a poucos metros de seu lugar de trabalho. Passado três meses do acidente, ela segue em coma, sem ter despertado durante todo esse tempo.

 

Este trágico evento incentivou o jornal The Times a estudar a cultura da bicicleta e a infraestrutura deste meio de transporte nas cidades do país, descobrindo que pelo menos 27 mil ciclistas foram assassinados ou feridos gravemente no Reino Unido nos últimos dez anos. E em razão disso, surge o manifesto dos oito passos, que permitem a criação de cidades mais seguras para as bicicletas:

 

1. Deve ser exigido, por lei, que os caminhões, que entram no centro de uma cidade, contam com sensores sonoros de virada, alarmes e barras de segurança adicionais para deter os ciclistas, evitando que estes não acabem embaixo das rodas em caso de acidente.

 

2. Devem ser identificados, redesenhados e equipados os 500 cruzamentos mais perigosos da cidade, com semáforos prioritários para os ciclistas e espelhos que permitam aos condutores de caminhões ver mais facilmente os ciclistas que estão próximos.

 

3. Existir uma auditoria nacional de ciclismo, com o objetivo de se descobrir quantas pessoas na Grã Bretanha se locomovem de bicicleta, e como os ciclistas morrem ou acabam feridos, e assim reforçar um ciclo efetivo de segurança.

 

4. Dois por cento do orçamento da Direção Geral de Rodovias devia ser destinado à próxima geração de vias de ciclismo, proporcionando assim £ 100 milhões ao ano a infraestrutura de ciclismo de classe mundial. Cada ano, as cidades deveriam ser classificadas em função da qualidade da estrutura que oferecem aos ciclistas.

 

5. Tratamento e respeito à segurança dos ciclistas deveria converter-se em uma parte fundamental do exame de condução.

 

6. 20 milhas por hora deveria ser o limite de velocidade padrão nas zonas residências, onde não tenham ciclovias.

 

7. As empresas devem ser convidadas a patrocinar ciclovias e supervias de ciclistas, ratificando o sistema de bicicletas de aluguel em Londres.

 

8. Cada cidade deveria designar um comissário de ciclismo, a fim de impulsionar esta reforma, de casa em casa.

 

Esta não é uma campanha que sonha com o estilo holandês de infraestrutura para ser implementada no Reino Unido. Esta não é uma campanha que sugere que os automóveis deveriam ser proibidos nas cidades. “Cidades Seguras para o ciclismo” está sendo totalmente pragmático, apresentando oito passos realistas, que rapidamente poderiam ser adotadas a um nível urbano e nacional. Infraestrutura completamente segregada e cidades sem carros é uma visão do futuro, tão distante que a gente descarta essa possibilidade. Entretanto, a campanha promovida pelo The Times chama atenção para esse debate, já que não se concentra no que pode acontecer agora, melhorando as coisas.

 

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