Os editais para a contratação das empresas que farão os projetos foram lançados na semana passada. Apenas para a Quarta Ponte, o estudo custará R$ 7 milhões, recursos provenientes dos cofres estaduais. Já o projeto do BRT sairá por R$ 27 milhões, montante disponibilizado pelo Banco Nacional do Desenvolvimento (BNDES).
O governo do Estado apresentou nesta quinta-feira (23) as linhas gerais dos editais. As empresas interessadas em concorrer à licitação têm até abril para apresentar propostas. A partir de então começam as fases de análise e seleção da empresa vencedora.
Quanto à Quarta Ponte, após o processo licitatório, o prazo para a conclusão do projeto será de dez meses. Não há prazo para início e conclusão da obra.
A diretora-presidente do Departamento de Estradas de Rodagem (DER), Tereza Casotti, diz que a ponte ligará a região de Santo Antônio, em Vitória, à da Rodovia José Sette, em Cariacica. Os pontos exatos devem ser definidos pelo projeto.
Entre o que o governo pediu no termo de referência para o projeto estão três faixas para circulação de veículos e uma para BRT em cada sentido da estrutura. Outra solicitação é a acessibilidade para pedestres e ciclistas. O projeto deve contemplar também os acessos à Quarta Ponte em Vitória e Cariacica, onde deve haver desapropriações.
Já o projeto do BRT (Bus Rapid Transit), os chamados corredores exclusivos para ônibus, deve ser concluído em 18 meses após a licitação. O estudo é para um trecho de 32 quilômetros de corredores que serão instalados de Carapina, na Serra, até Vila Velha.
Entre as vias que contarão com o BRT estão a Reta da Penha, em Vitória, e até a Terceira Ponte, em Vila Velha, o que ainda está em estudo, como explica a secretária de Estado de Transportes e Obras Públicas em Exercício, Luciene Becacici.
"Esse primeiro trecho contempla o trecho viário mais carregado, onde há mais volume de tráfego e por onde passa a maioria dos passageiros. Ele interliga, desde o Terminal de Carapina, descendo pela Avenida Fernando Ferrari, passando pela Reta da Penha, chegando à área central de Vitória, cruzando para Vila Velha, passando pela Cinco Pontes, interligando o Terminal São Torquato e o Terminal Jardim América. Segue então até o Terminal Ibes e o Terminal Vila Velha, com a perspectiva de um trajeto pela Terceira Ponte".
Um trecho de obras do BRT já começou na avenida Talma Rodrigues, na Serra. O dinheiro para realizar as obras de todo o projeto, no entanto, ainda está em negociação. O BNDES deve liberar R$ 530 milhões e o governo do Estado também investirá recursos próprios.
Pedágio
A diretora-presidente do DER, Tereza Casotti, afirma que não há nenhum estudo que aponte a possibilidade de cobrança de pedágio na Quarta Ponte e que ainda é cedo para dizer se a possibilidade está ou não descartada, uma vez que ainda não se sabe qual será o custo da construção da ponte.
Leia também:
Uso obrigatório de ciclovias em rodovias federais é aguardado por usuários no ES
Rede cicloviária no ES será defendida na Tribuna Popular
iclovias ainda atraem poucos ciclistas em BH