O projeto trata de pontos como a duplicação de linha, vedação, drenagem, construção de estações, terminais de integração, automação de passagens de nível e controle de movimento, sinalização da via, implantação de bilhetagem eletrônica, aquisição de quatro novas composições e construção de bicicletários e estacionamentos nas estações.
Haverá a integração do modal rodoviário e ferroviário em Teresina. Serão construídos mais três quilômetros de linha e duas estações que ligarão a ferrovia ao terminal rodoviário. Além dos 130 milhões, os técnicos da CMTP garantiram ainda a liberação de mais 30 milhões para incluir no projeto ações como a duplicação da linha no ramal Bandeira.
Cerca de 20 casas próximas aos trilhos serão desapropriadas
No domínio da linha há 12 casas nas proximidades da Rua Higino Cunha e 8 no bairro Renascença
A vistoria realizada nos 15 quilômetros da linha do metrô de Teresina apontou a existência de várias casas bem próximas dos trilhos. Um levantamento da Companhia Metropolitana de Transportes Públicos (CMTP) atesta que pelo menos 20 residências estão nessa situação e devem ser desapropriadas a partir de 2012. Das casas existentes no domínio da linha há 12 nas proximidades da Rua Higino Cunha e oito no bairro Renascença.
A faixa de domínio corresponde a uma distância de 15 metros da linha. De acordo com a Companhia, nenhuma casa se encontra na faixa de segurança da linha, que fica a sete metros da via. Porém, no bairro Renascença, zona Sudeste de Teresina, a reportagem encontrou imóveis a menos de dois metros da linha do metrô. Um desses imóveis pertence ao comerciante Marçal Durval, que mora no local há 19 anos.
Ele conta que quando chegou na casa, o metrô já passava por ali e desde esse período se fala em desapropriação. "Algumas pessoas comentavam que algumas indenizações já tinham sido pagas, mas os imóveis nunca foram desocupados", diz. O comerciante acredita que por conta desse impasse não consegue obter o documento do imóvel junto à prefeitura. Segundo ele, essa é a situação de muitos moradores da região. O fundo da residência e da farmácia de Marçal fica bem próximo dos trilhos e não há nenhum muro de contenção no local.
Do lado oposto as casas também são próximas, mas há uma rua separando-as dos trilhos. O arquiteto Claudio Morais mora na rua há mais de 20 anos e ele garante que as casas chegaram ali antes do metrô. "A rua só foi construída cinco anos depois", afirmou.
A retirada dessas famílias está prevista para acontecer dentro do programa do PAC (Programa de Aceleração do Crescimento) Mobilidade, em 2012. Essas famílias já estão sendo cadastradas e poderão escolher entre o remaneja-mento para programas sociais como o "Minha Casa Minha Vida" ou a indenização.
PAC Mobilidade - Através do PAC Mobilidade está prevista a liberação de R$ 130 milhões para melhoria e ampliação do metrô piauiense. O projeto trata de pontos como a duplicação de linha, vedação, drenagem, construção de estações, terminais de integração, automação de passagens de nível e controle de movimento, sinalização da via, implantação de bilhetagem eletrônica, aquisição de quatro novas composições e construção de bicicletários e estacionamentos nas estações.
Haverá a integração do modal rodoviário e ferroviário em Teresina. Serão construídos mais três quilômetros de linha e duas estações que ligarão a ferrovia ao terminal rodoviário. Além dos 130 milhões, os técnicos da CMTP garantiram ainda a liberação de mais 30 milhões para incluir no projeto ações como a duplicação da linha no ramal Bandeira.