Metrô SP: bikes em escadas rolantes, mas apenas para subir

Entenda como funcionará o novo sistema nesta conversa com Wilmar Fratini, gerente de operações do Metrô

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Fonte: Mobilize Brasil  |  Autor: Felipe Castro  |  Postado em: 02 de fevereiro de 2012

Linha Amarela também aceitará bikes na escada rola

Linha Amarela também aceitará bikes na escada rola

créditos: Marcos de Sousa

Quando a nova regra entra em operação?
Começa a partir de sábado (4), mas apenas no sentido de subida das escadas rolantes, vale esclarecer. Uma das coisas mais importantes é a segurança dos usuários. Na verdade, hoje nós já temos regras e regulamentos específicos para uso da escada rolante, com orientações para evitar pequenos acidentes. 

Por exemplo: a pessoa deve sempre segurar no corrimão, quando estiver transportando objetos que possam dificultar o deslocamento pela escada, e é necessário tomar cuidado para não encostar nas laterais da escada.
Essas recomendações, que são conhecidas, são as mesmas para o caso da bicicleta. O que vem a mais é o ciclista dar preferência para as pessoas que estão utilizando a escada a pé.

 

Por que só será liberado o uso de bicicletas na subida, e não na descida das escadas rolantes?
A descida exige mais. Fizemos testes, e faremos novos acompanhamentos. O problema é que a dinâmica da própria escada rolante exige um pouco mais de cuidado por parte dos ciclistas. Quer dizer: no momento em que se pisa n os primeiros degraus, estes são planos e depois vão se formando, digamos; na hora em que se está chegando no final, os degraus vão sumindo - esse é o principio que facilita a que a pessoa passe do degrau para o nível plano. No caso da bicicleta, no entanto, as rodas ficam apoiadas nos degraus, quando eles sobem ou descem, e o ciclista tem que estar atento porque eventualmente é preciso acomodar a roda nos degraus. No subida é mais fácil, já na decida é mais dificil. Por isso, num primeiro momento será assim, apenas liberado na subida.

 

Outra recomendação muito importante: o transporte da bicicleta na escada rolante é para facilitar a vida dos usuários, que até hoje só estavam autorizados a usar escadas fixas. Como o objetivo é garantir a facilidade de todos, as demais regras da Metrô continuam valendo: sempre respeitar os horários permitidos para o transporte da bicicleta, sempre embarcar no ultimo vagão do trem, nunca montar na bicicleta dentro do vagão, enfim, respeitar todas as regras.

 

Por que era probido o uso das escadas rolantes?
Isso (facilidade para os ciclistas nas escadas rolantes) não é coisa do metrô de SP. Consultamos vários metrôs do mundo e de fato não é regra: poucos metrôs do mundo permitem essa utilização pelo ciclista. A escada rolante é o equipamento prioritário para usuários, não especificamente para ciclistas, e isso exige certa acomodação. Naturalmente, com a evolução da sociedade e a conscientização sobre questões ambientais, de mobilidade sustentável e de saúde, o Metrô de SP optou por ir ampliando essa facilidade para o ciclista, agora.

 

O projeto prevê a instalação de canaletas ou passarelas rolantes?
Podemos implantar no futuro, mas ainda estamos fazendo estudos, acompanhamentos. Temos dois estudos não finalizados, e a alternativa pode ser a instalação de canaletas em escadas fixas. Exige o ponto de vista técnico, para fazer algo que seja adequado para os vários modelos de bicicleta, considerando as circunstâncias em que a bike vai ser transportada. Tem que tomar cuidado com o pedal, para não bater na estrutura da escada, exige algum estudo técnico. Coisa bem feita que traga benefício para todos.

 

Você tem que ver que pelo metrô passam 4 milhões de passageiros por dia. Esses equipamentos também são utilizados para os outros. Temos que tomar cuidados para que esses benefícios não atrapalhem a vida do usuário.

 

Então vai entrar em operação no dia 4 mas só para as subidas? O ciclista que quiser acessar a plataforma na chegada deverá continuar usando as escadas fixas?
É isso: estamos recomendando só para as subidas. A partir dessa liberação, vamos fazer acompanhamento e avaliar se isso acontece de forma tranquila, para avaliar a adaptação não só do ciclista, mas também dos demais usuários. Aí então poderemos liberar as descidas também.

 

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