As intervenções incluem a construção de cinco estações: Higienópolis-Mackenzie, Oscar Freire, Fradique Coutinho, São Paulo-Morumbi e Vila Sônia. Como as três primeiras paradas ficam em um trecho da linha que já está operando, existe a possibilidade de interrupção da circulação de trens em finais de semana.
“Estão sendo contratadas empresas que sabem trabalhar com o trem em movimento. Se for necessário, podemos fazer alguma interrupção, como estamos fazendo agora no eixo Vila Prudente-Sacomã”, disse Fernandes, referindo-se aos testes de um novo sistema de controle de composições na Linha 2-Verde, que têm levado ao fechamento parcial do ramal durante as manhãs de domingo.
Quem será beneficiado pela abertura dessas estações reclama da demora da inauguração, prevista para 2014. A Linha 4 – de Vila Sônia a Luz – começou a ser construída em 2004 e, se o atual cronograma do governo for mantido, será entregue dez anos após o início. “Acho que já podiam ter acabado aqui. Dizem que vai ser a estação mais bonita do Brasil”, afirma o jornaleiro Waldemar Bertolini, de 69 anos, que tem uma banca perto da futura Estação Oscar Freire.
A costureira Maria Aparecida Bueno, de 66 anos, mora na Penha, na zona leste, e trabalha nos Jardins, na zona sul. Ela lamenta o fato de as obras para o término da Estação Oscar Freire estarem inativas há tanto tempo – boa parte da estrutura da parada está pronta, restando os aspectos do acabamento. “Sem a estação, a gente tem de continuar pegando o ônibus para chegar a outro metrô.”
O corretor imobiliário Ricardo Faidiga, de 49 anos, concorda que os deslocamentos seriam mais rápidos até ali, evitando ter de enfrentar a lotação dos coletivos do corredor da Avenida Rebouças. “Além disso, vai valorizar ainda mais os imóveis na vizinhança.”
O governo pretende enviar na semana que vem ao Banco Mundial, nos Estados Unidos, a lista das empreiteiras qualificadas para as obras da segunda fase da Linha 4. Caso o órgão, que financia o empreendimento, aprove, as obras já começariam logo em seguida. O banco tem 30 dias para avaliar as propostas e dar seu aval. O Metrô informou que o nome das empresas só pode ser divulgado depois dessa etapa. A construção está orçada em R$ 1,58 bilhão.
As obras são divididas em dois lotes. O primeiro inclui as estações São Paulo-Morumbi, Fradique Coutinho (que já estaria em um estágio mais avançado), Oscar Freire e Higienópolis-Mackenzie. O outro é a ponta oeste, abrangendo a Estação Vila Sônia e uma extensão, que será usada para, futuramente, levar a linha até a cidade de Taboão da Serra.
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