Em protesto contra o recente aumento dado ao bilhete do metrô em Buenos Aires, Argentina, funcionários permitiram que os usuários entrassem nos trens sem pagar. Há uma semana diversas manifestações populares condenaram o aumento, de 127%.
Além disso, os metroviários recolheram cerca de 200 mil assinaturas, que incluem profissionais de outros setores, contra a medida do governo de Maurício Macri, do Pro (Proposta Republicana). Os trabalhadores também questionam 84 vetos dados por Macri nos últimos meses a propostas apresentadas no Legislativo, como por exemplo um subsídio vitalício para músicos que não conseguiram aponsentar-se.
"Quem veta tanto assim é alguém que rasga as contas e as atira no lixo”, afirmou Susana Rinaldi, cantora e legisladora da capital, em entrevista ao jornal La Jornada. Susana ainda qualificou Macri como “o pai do veto universal”.
De acordo com os manifestantes, pelo menos dois milhões de pessoas serão afetadas pelo aumento no bilhete do metrô. Algumas ONGs se uniram ao protesto para pedir que o aumento não seja levado adiante.
Outros protestos
A manifestação dos metroviários não é a única que Macri enfrenta neste momento. Os artesãos e camelôs que trabalham nas ruas do centro de Buenos Aires reclamam da dificuldade em trabalhar. Na última semana, a polícia foi enviada ao local para desalojar os manifestantes, provocando incidentes.
Para chamar a atenção dos milhares de turistas que frequentam a região, os vendedores e artesãos colocaram cruzes sobre as mantas nas quais expõem seus produtos. Enquanto isso, outros voltaram ao local para vender seus produtos, desafiando a ação policial.
Nesse caso, os manifestantes sustentam que legalmente estão autorizados a ocupar o espaço público para vender seus produtos, desde que não haja uma competência desleal.
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