A terceira fase do Programa de Proteção ao Pedestre será implantada na periferia. A partir do mês que vem, vias e corredores com grande concentração de atropelamentos receberão ações similares às que já acontecem na região central, como pintura de faixas para pedestres e agentes nos semáforos para auxiliar nas travessias.
O plano ainda está sendo finalizado. “Estamos terminando de detalhar em quais regiões vamos investir mais para lançar o novo pacote”, afirma a superintendente de Segurança e Educação no Trânsito da CET, Nancy Schneider.
As áreas periféricas concentram as vias mais perigosas para os pedestres, segundo dados da CET. Entre os 10 pontos com mais atropelamentos registrados entre janeiro e agosto do ano passado, oito são em locais afastados da região central. A campeã é a avenida Sapopemba, na zona leste, com 65 casos.
O modelo será ampliado para áreas distantes para que a CET consiga alcançar a meta de fechar 2012 com uma redução de até 50% no número de atropelamentos e de mortes de pedestres em toda a cidade.
Entre maio de 2011, quando começou o programa, e setembro, a queda no número de mortes na capital foi de 10%. Passou de 247, no mesmo período de 2010, para 222. Em relação aos atropelamentos, o índice caiu 7,7%.
Já na área contemplada pelo programa, a redução no número de mortes chegou a 42,1%. Segundo Nancy, o pedestre tem prioridade. “Quando ele estiver em um cruzamento sem sinal, deve fazer o sinal com a mão para o motorista parar. Está na hora de o pedestre ganhar mais respeito."
Leia também:
São Paulo: 106 mil multas por desrespeito ao pedestre
Santos (SP): pedestres cometem irregularidades e dificultam a campanha Faixa Viva, diz a CET
Em Campo Grande, faixas elevadas dão maior segurança ao pedestre