Os dois consórcios que apresentaram propostas para a licitação do BRT (Bus Rapid Transit) de Manaus foram inabilitados a participarem do processo em função de inadequações com a documentação enviada à Secretaria Municipal de Infraestrutura (Seminf). As empresas têm, a partir desta terça-feira (03.01), oito dias úteis para recorrer da decisão, ou seja, até 12 de janeiro.
Os consórcios Sanches Tripolini-Arvek e Construbase - S.A. Paulista foram notificados sobre os prazos. Eles devem apresentar a documentação conforme estabelecido no edital para que a comissão de licitação proceda à abertura dos envelopes contendo as propostas de preços dos concorrentes.
Caso os consórcios não apresentem os documentos necessários, o edital deverá ser republicado. No entanto, a prefeitura de Manaus acredita que as empresas continuarão participando do processo. “Entendemos que existe a vontade, mas só poderemos ter essa informação no decorrer do prazo”, informou, por escrito, a assessoria da Seminf.
O valor do BRT está orçado, pelo projeto básico, em R$ 290 milhões. O prazo para conclusão do empreendimento será de 24 meses após o início do empreendimento. A previsão para início das obras será dada após o encerramento do processo de licitação. Das 42 empresas que compraram o edital, somente as duas citadas, em formato de consórcio, apresentaram propostas.
BRT
O sistema BRT é uma tecnologia que utiliza ônibus articulados ou bi-articulados. Com capacidade variada, circulam por corredores exclusivos. Em Manaus, serão 22 quilômetros de pistas que interligarão 20 estações e três terminais, com modais de velocidade média operacional de 25km/h e capacidade máxima de 270 passageiros por veículo. O BRT terá o objetivo reestruturar áreas de trânsito saturadas, revitalizar algumas avenidas da capital amazonense e diminuir o déficit de transporte público.
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