Os ônibus no Brasil certamente não estão preparados para conviver com mudanças climáticas. Resta ao usuário conviver com a precariedade de abrigos que os deixam à mercê do frio, sol, vento e chuva. Frio também dentro dos veículos, onde manter janelas abertas é correto na pandemia, mas, convenhamos, cruel em dias assim. Veja o que diz Ricky Ribeiro, no Boletim Mobilize #136.
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Olá. Nos últimos dias, uma massa de ar polar derrubou as temperaturas em diversas regiões do Brasil. O frio, que atingiu temperaturas negativas em mais de 50 cidades do sul do país, nos faz refletir sobre como nosso transporte público, especialmente por ônibus, no geral está pouco preparado para as variações do clima. E quem sofre são os usuários, que muitas vezes precisam esperar os coletivos em paradas que não oferecem abrigo, ou são subdimensionadas para a quantidade de pessoas.
Frequentemente, o ponto de ônibus é apenas um pequeno pedaço de pau fincado na calçada, deixando os usuários à mercê de frio, sol, ventos e interpéries. Para piorar, são raras as paradas que dispõem de paineis e informações sobre linhas e horários.
Agora com a pandemia, existe uma recomendação para os ônibus sempre circularem com as janelas todas abertas. A medida é correta, e diminui a chance de transmissão do coronavírus, mas em dias de muito frio, ou de chuva intensa, traz mais desconforto para os passageiros.
O uso do transporte público, no lugar de carros e motos, faz bem às cidades: diminui a poluição, os acidentes, o gasto energético, e o uso de espaço público. Por isso, seus usuários precisam, definitivamente, ser tratados com mais atenção e respeito pelos governantes. Aliás, os próprios governantes e também os empresários do transporte deveriam usar o ônibus, o metrô, o trem, para circular pelas cidades. Eu sou Ricky Ribeiro e este é o Boletim Mobilize.
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