Durante o principal evento de tecnologia e inovação do mundo, o CES (Consumer Electronics Show), em Las Vegas, o presidente da Toyota Motor Corporation, Akio Toyoda, anunciou a Woven City (cidade entrelaçada), que deverá entrar em operação no início de 2021. Trata-se de uma cidade inteiramente planejada e pré-fabricada, mas que será construída em apenas um ano.
Na área de mobilidade urbana, a Woven City terá uma área para veículos de alta velocidade, como carros e ônibus, uma via para pedestres e veículos individuais de locomoção de baixa velocidade, como as bicicletas, e uma terceira somente para pedestres que será cercada por jardins e árvores. Dessa forma, cada pessoa poderá escolher o ritmo a seguir em seus deslocamentos. Além disso, as ruas principais contarão apenas com veículos autônomos que não emitam carbono, como os Toyota e-Palletes.
Há várias outras "smart cities" em desenvolvimento pelo mundo, mas nenhuma delas planejada e construída em tempo tão curto. Woven City promete ser um laboratório em escala 1:1 para a experimentação de tecnologias que possam ser aplicadas em outras cidades. A empresa japonesa convidará pesquisadores e cientistas de todo o mundo para que eles desenvolvam seus projetos nessa incubadora do mundo real.
As casas já "sairão de fábrica" com sensores de inteligência artificial que facilitarão atividades do dia a dia como fazer compras ou retirar o lixo quando cheio. No vídeo do anúncio do projeto (veja abaixo), há até mesmo um robô cozinhando para a família...
Enquanto a parte "visível" foi planejada para trazer comodidade, conforto e praticidade aos moradores, no subsolo do emaranhado de ruas é onde tudo que deixa a cidade "viva" deverá acontecer. Longe dos olhos de quem passa pelo município serão instaladas unidades de armazenamento de energia e uma rede completa de entrega. Lembra que citei acima que será mais fácil fazer compras? Pois então, um robô fará o pedido do que falta na sua geladeira e tudo será entregue no seu apartamento pelo subsolo.
Planejada para ser totalmente sustentável, em uma combinação de construções típicas japonesas e métodos de produção robotizados, os edifícios serão feitos principalmente de madeira tradicional do país, o que colaborará com a redução da pegada ecológica.
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