Lotação, o maior problema do metrô e da CPTM em SP, diz pesquisa

Estudo do Procon mostra que 86% dos entrevistados, usuários dos sistemas, têm alguma queixa contra os dois modais de transporte de São Paulo

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Fonte: Agora  |  Autor: Mariangela Castro  |  Postado em: 28 de novembro de 2019

Superlotação, atrasos, falta de segurança e de man

Superlotação, atrasos, falta de segurança e de manutenção...

créditos: Rovena Rosa/Agência Brasil

Uma pesquisa divulgada nesta quarta-feira (27) pelo Procon mostra que cerca de 86% dos usuários do metrô e 93% dos passageiros da CPTM (Companhia Paulista de Trens Metropolitanos) apontam algum problema nos serviços.

 

As principais queixas são superlotação, atrasos, falta de segurança e manutenção dos trens. Ao todo, 902 pessoas foram entrevistadas.

 

Para cerca de 60% dos passageiros entrevistados, o metrô é bom ou ótimo. Na CPTM, a mesma avaliação foi dada por 35% das pessoas.

 

A pesquisa ainda mostrou que 10% dos usuários, tanto do metrô quanto da CPTM, disseram já ter sido assediados sexualmente.

 

Também apontou que 45% dos passageiros acham que vendedores ambulantes, cantores e pedintes dentro dos vagões atrapalham e incomodam.

 

O estudante Lucas Gonçalves, de 20 anos, reclama de atrasos e superlotação, principalmente nos trens da CPTM. "Não é raro esperar mais de 25 minutos na plataforma", afirma.

 

Gonçalves costuma fazer o trajeto Grajaú-Pinheiros, da linha 9-Esmeralda. Segundo ele, mesmo fora de horário de pico o intervalo entre os trens é de cerca de 10 minutos. "Quando chega cheio fica pior ainda, porque temos de esperar passar mais de um trem para conseguir embarcar."

 

Operação em frota plena 

Para o especialista em transporte público Horácio Augusto Figueira, a superlotação poderia diminuir se os dois sistemas passassem a operar durante todo o dia com a frota plena.

 

Ele afirma que hoje, após o horário de pico da manhã e da tarde, tanto o metrô quanto a CPTM diminuem o número de trens. Portanto, diz, ainda que a movimentação também caia, a rede continua lotada.

 

"Por isso os trens estão sempre cheios. Se fosse feito um trabalho de comunicação com os usuários informando que os sistemas vão operar de forma plena, o nível de conforto iria aumentar muito", afirma.

 

Uma alternativa mais rápida, que faria cair a demanda por trens, segundo Figueira, seria a colocação de ônibus expressos em faixas exclusivas e reversíveis.

 

Respostas

O Metrô diz que investe em melhorias para aperfeiçoar seu serviço, instalando sistema de controle de trens que já opera nas linhas 2-verde e 15-prata e deve estar em pleno funcionamento nas linhas 1-azul e 3-vermelha até 2021, reduzindo os intervalos entre as composições. Também diz que a instalação de portas de plataforma em todas as estações deve estar concluída até 2023.

 

A CPTM, também da gestão João Doria (PSDB), diz que vem fazendo melhorias nas estações e investimentos no sistema e na rede de energia. "Desde 2017, 65 novos trens entraram em operação. Essas melhorias têm feito com que a CPTM apresente crescimento no número de passageiros: em 2018, a foram transportados 863,3 milhões de passageiros, 4,3% a mais que no ano anterior", diz.

 

Sobre assédio e ambulantes, as duas empresas dizem investir em segurança e campanhas.

 

Clique aqui e acesse a matéria na íntegra para ver os pontos destacados nesta pesquisa do Procon.

 

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