"Bicicletários e paraciclos são grandes estimuladores do uso da bicicleta como forma de deslocamento. A existência de um local apropriado para estacionar a bicicleta com segurança, praticidade e conforto devolve dignidade a este meio de transporte."
A afirmação abre o Manual de Bicicletários, publicação da Associação dos Condutores de Bicicletas de Mauá (Ascobike), entidade que atende diariamente a cerca de 2 mil ciclistas que vivem na região e utilizam o trem da Companhia Paulista de Trens Urbanos (CPTM) para ir ao trabalho. A associação foi constituída em 2001 para solucionar o problema de dezenas de bicicletas que eram amarradas precariamente às grades da estação de trens de Mauá e que atrapalhavam a circulação dos pedestres.
Mantida unicamente pelos associados, inicialmente 200, a entidade foi crescendo e, em 2008, conseguiu que a CPTM reformasse e ampliasse suas instalações. Hoje, além dos locais para guarda das bikes, incluem uma oficina mecânica e um local para cafezinho. "Nosso usuários são trabalhadores de baixa renda e às vezes saem de casa sem tomar café. Oferecer o café foi uma das melhores decisões que tomamos aqui depois de criar o bicicletário", comenta Adilson Alcântara, fundador e presidente da Ascobike.
Editado em 2010, o manual foi produzido pela Ascobike e pela seção brasileira do Institute for Transportation & Development Policy para estimular a implantação de bicicletários em outras localidades do país. São cerca de 30 páginas com dicas importantes para a construção de associações e serviços para bicicletas, área necessária, padrões de ganchos para bicicletas, questões de segurança e vários outros itens.
Para obter o manual, acesse o site do ITDP (http://www.itdp.org), o site da Ascobike (www.ascobike.org.br), ou aqui no Mobilize Brasil.