Troque seu carro por um (ônibus, bike, trem) elétrico

Veículos elétricos são mais eficientes e menos poluidores. Mas convém não repetir os mesmos erros do passado...

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Fonte: Mobilize Brasil  |  Autor: Marcos de Sousa  |  Postado em: 03 de agosto de 2018

Veículo experimental Aptis, da Alstom: híbrido de

Veículo experimental elétrico Aptis: o futuro é coletivo

créditos: Alstom

Veículos elétricos começam a aparecer com força nas revistas, jornais, rádio e tevê de todo o Brasil. E nas ruas, ainda timidamente. Poderia ser uma boa notícia, mas a nova mensagem empacotada pela mídia diz mais ou menos o seguinte: "Troque seu carro poluente por um carro elétrico". 

Carros elétricos reduzem a poluição atmosférica e o ruído urbano. E são três vezes mais eficientes do que os veículos de combustão: em um carro a gasolina apenas cerca de 30% a 40% da energia do combustível gera movimento. O resto vira calor. No caso dos elétricos, a eficiência é superior a 90% , explicam os técnicos. Mais ainda: os veículos elétricos não exigem o transporte do combustível, que chega pela rede elétrica já existente.  

Mas, se oferecem tantas vantagens, os elétricos não fazem milagres no trânsito travado das cidades brasileiras. Eles também ocupam muito espaço nas vias, nos estacionamentos, e são pesados. Não é um contrassenso colocar nas ruas máquinas com um tonelada, motores de 150 cavalos (100 kW) para levar em média 1,5 passageiro?  

Sempre que falamos sobre o tema, defendemos a ideia de uma migração do carro atual  - individual, poluente e gastador  - para um modelo de compartilhamento de veículos elétricos. O ideal seria a transição para uma nova economia que privilegie o transporte coletivo, sobre pneus, trilhos ou sobre a água, no transporte hidroviário, como já está sendo feito no rio Guamá, no Pará, onde um barco elétrico atende às comunidades ribeirinhas.

Bicicletas, triciclos e quadriciclos com assistência elétrica podem ser a melhor resposta para o transporte de pessoas e cargas nas áreas urbanas. São leves, têm motores de no máximo  0,5 kW e deslocam-se em velocidades mais compatíveis para uma boa relação com as pessoas. O problema é a absurda incidência de impostos sobre essas bicicletas elétricas: cerca de 105%, o que inviabiliza sua utilização em larga escala. De qualquer forma, já sabemos que o futuro da mobilidade é elétrico. Prepare-se. 

Ainda nesta semana, em São Paulo, tivemos duas novidades: o anúncio do ambicioso plano cicloviário da prefeitura, com uma projeção de 1.400 km de novas ciclovias em dez anos; e a entrada em cena das bicicletas compartilhadas dockless, da operadora Yellow. Vamos acompanhar os dois assuntos. 

Por fim três dicas: 
#Neste domingo (5) nosso diretor Ricky Ribeiro estará na Bienal do Livro, em São Paulo, autografando o seu Movido pela Mente... 

#Também no domingo começa a Semana do Caminhar, uma campanha para lembrar a importância do pedestre na vida urbana. A propósito, dia 8 é o Dia Internacional do Pedestre...

#E na próxima semana, no dia 10 de agosto, estaremos em São Carlos para discutir o futuro da mobilidade na simpática cidade paulista. 

Bom final de semana!


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