Faltam pouco mais de 900 dias para o início da Copa de 2014. Até lá, a capital amazonense tem – entre vários outros desafios – o dever de desafogar a mobilidade urbana da cidade. Para isso, no entanto, será necessário correr contra o tempo para colocar em dias os dois principais projetos da área: monotrilho e BRT (Bus Rapid Transit). Em ambos, não há previsão para início das obras.
O monotrilho prevê ligar a zona Norte ao centro da capital por meio de um tipo de metrô de superfície, que trafegará em via exclusiva suspensa em vigas. O projeto foi licitado em março por R$ 1.460.495.221,56, mas pendências com o Ministério Público Federal no Amazonas (MPF-AM) e a Controladoria Geral da União (CGU) impediram o início dos trabalhos neste mês de dezembro.
Os diversos atrasos na obra resultaram na confirmação, pela própria Unidade Gestora do Projeto Copa (UGP-Copa), que o monotrilho não estará totalmente pronto até 2014. Apenas o trecho Cidade Nova – São Jorge deve funcionar quando da abertura dos jogos do Mundial de Futebol.
O projeto também precisa vencer o impasse do Centro Histórico da capital. A área está na linha de áreas por onde o monotrilho passaria, mas a autorização é questionada pelo tombamento do Instituto do Patrimônio Histórico e Artístico Nacional (Iphan). Dois estudos já foram entregues pelo Governo do Estado ao MPF-AM, que rejeitou ambos. Um novo relatório estaria em processo de produção.
Quanto ao BRT – desta vez de competência da Prefeitura de Manaus – a proposta é ligar a zona Leste de Manaus ao Centro. Orçado em R$ 230 milhões, os Ministérios Públicos Federal e Estadual no Amazonas emitiram recomendação ao município de Manaus pela suspensão da licitação que autoriza as obras. A recomendação também foi encaminhada à Caixa Econômica Federal (CEF) para a suspensão da liberação de recursos para o financiamento do BRT.
Juntas, as propostas representam 7,4 mil postos de trabalho a serem implantados nos próximos três anos.
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