A empresa Gobbe.bike que operava um dos sistemas de bicicletas compartilhadas sem estações (dockless) de Paris decidiu encerrar suas atividades na capital francesa e em toda a Europa. Lançado em outubro passado, o sistema entrou em colapso após "a destruição em massa" de sua frota de bicicletas.
A decisão de encerrar as atividades foi "decepcionante e extremamente frustrante", escreveu a empresa de Hong Kong na nota em que anunciou o fim das operações. "Nós esperamos o melhor, mas em 4 meses, 60% da nossa frota foi destruída ou roubada, tornando o projeto europeu inviável".
Vantagens e problemas
Os sistemas dockless permitem aos usuários alugar bicicletas usando um app, geralmente digitando o código da bike para dessbloqueá-lo. No final da viagem, as bicicletas podem ser estacionadas em qualquer lugar. Sistemas de compartilhamento de bicicletas mais estabelecidos, como o Velib de Paris, ou os sistemas brasileiros, exigem que as bicicletas sejam devolvidas às estações, o que nem sempre é praticável para o usuário.
Empresas asiáticas já haviam testado o mesmo sistema na Austrália, em cidades como Sidney e Melbourne, mas também tiveram suas operações frustradas por causa do vandalismo. Ficou famoso o vídeo divulgado pela internet com trabalhadores retirando bicicletas jogadas no fundo de um rio em Melbourne. É uma pena, mas a experiência comprova a necessidade de um controle mais estrito em qualquer sistema de bike share. Aqui ou na China.
*Tradução, edição e adaptação: Marcos de Sousa, do Mobilize Brasil
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