Alguns quilômetros de metrô foram incorporados à malha de transportes urbanos sobre trilhos entre 2016 e 2017. Os maiores destaques foram as cidades de Salvador e Rio de Janeiro, que avançaram em novas linhas de seus sistemas metroviários.
Regiões metropolitanas, como as de São Paulo e Rio de Janeiro, contam também com antigos sistemas de "trens de subúrbio", que passam por processos de modernização ou "metronização", como costumam dizer os técnicos do setor. Assim, alguns especialistas defendem que os trens urbanos deveriam ser considerados metrôs. Capacidade dos sistemas, intervalo entre trens, tipo de motorização entre outros itens são alguns pontos que permitem diferenciar as modalidades.
Para ajudar a discussão, reproduzimos o critério adotado pela Confederação Nacional de Transportes:
Modalidades de transporte ferroviário urbano de passageiros
O transporte de passageiros sobre trilhos em meio urbano abrange uma diversidade de modalidades (sistemas), que se distinguem por:
- capacidade de transporte;
- níveis de segregação em relação ao tráfego de pedestres e veículos;
- intervalo entre trens;
- inserção no território (em zonas centrais ou suburbanas);
- traçado em subterrâneo, em superfície ou elevado;
- espaçamento entre estações;
- tecnologia de tração.
Enquadram-se nessas modalidades o trem metropolitano, o metrô, o monotrilho, os veículos leves sobre trilhos e os pequenos monotrilhos de conexão aeroportuária os chamados automated people mover. A diferenciação conceitual entre algumas delas nem sempre é precisa, pois para cada uma existe uma variedade de tipologias, havendo uma continuidade e mesmo uma sobreposição de características entre modalidades distintas. Disso resulta que, em diferentes cidades, modalidades de transporte com características semelhantes sejam eventualmente classificadas de maneira distinta – ou, ainda, que sistemas muito diversos entre si sejam identificados como uma mesma modalidade.
Desta forma, alguns sistemas de trens urbanos, como a Linha 9 da CPTM, em São Paulo, têm características de metrô, enquanto alguns sistemas chamados de metrô, como o de Teresina, são mais assemelhados a trens urbanos. O Gráfico a e a Tabela a seguir permitem entender a situação atual (set 2017) em doze capitais do Brasil.
Quilômetros de trilhos em doze capitais do país
Dados compliados dos sites das próprias operadoras
|
Metrô |
VLT |
Trem |
Total |
São Paulo |
81 |
- |
258 |
339 |
Rio de Janeiro |
58 |
28 |
220 |
306 |
Recife |
39,5 |
- |
31,9 |
71,4 |
Natal |
- |
- |
56,2 |
56,2 |
P. Alegre |
43,9 |
- |
- |
43,9 |
Fortaleza |
24,1 |
19,5 |
- |
43,6 |
Brasília |
42,4 |
- |
- |
42,4 |
Salvador |
22,7 |
- |
13,6 |
36,3 |
Maceió |
- |
|
32,1 |
32,1 |
J.Pessoa |
- |
- |
30 |
30 |
B. Horizonte |
28,2 |
- |
- |
28,2 |
Teresina |
- |
- |
13,6 |
13,2 |
Fonte: CBTU, CNT, MetroFor. Metrô SP, Metrô DF, Metrô Rio, MetrôREC, Metrô Bahia, TrensUrb | Setembro 2017 |