VLT de Cuiabá: processo finalizado só aguarda decisão do juiz

Justiça deve analisar e decidir a viabilidade ou não da obra. Governo do MT diz que VLT parado custa R$ 16 mi/mês ao estado, soma que já supera os R$ 560 milhões

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Fonte: Folhamax  |  Autor: Celly Silva/ Folhamax  |  Postado em: 30 de junho de 2017

Obra do VLT custa R$ 16 mi/mês aos cofres públicos

Obra do VLT custa R$ 16 mi/mês aos cofres públicos

créditos: Divulgação/ Secom

Está pronto para ir a julgamento na 1ª Vara Federal em Mato Grosso o processo que pode definir os rumos do Veículo Leve sobre Trilhos (VLT) de Cuiabá. As obras estão paralisadas desde o final de 2014 e são alvo de diversos processos judiciais abertos tanto por parte do governo quanto do Ministério Público.

No início do mês, o juiz Ciro Arapiraca, da 1ª Vara, determinou o prazo de cinco dias para que as partes entrassem em acordo quanto aos termos para retomada da construção, já que após o governo anunciar acordo com o Consórcio VLT para concluir o modal em 24 meses e ao custo de R$ 922 milhões, os Ministérios Públicos Federal e Estadual se manifestaram contrários e apresentaram uma série de questionamentos.

O secretário de Estado de Cidades Wilson Santos (PSDB) disse que tanto a Secid quanto a empresa responderam a 26 apontamentos levantados pelo MPF e enviaram, há cerca de 15 dias, as respostas ao juiz, que vai analisar e definir a viabilidade ou não da obra. Agora, resta esperar a decisão do magistrado.

Questionado se depende somente da Justiça a retomada da obra, já que existem deputados reticentes quanto a votar pela autorização do Estado em tomar R$ 800 milhões de empréstimo para quitar parte dos R$ 922 milhões que a obra custará para ser concluída, Wilson Santos se mostrou tranquilo: “No momento certo isso vai ser discutido; não há nenhuma conversação ainda, mas o governo tem maioria na Assembleia. Estamos confiantes”, afirmou Santos.

Obra cara
O secretário defendeu que a obra seja retomada o mais breve possível, já que tem causado enormes gastos ao cofres públicos. “Essa é uma obra que tem que ser retomada, tem que ser concluída porque ela está custando R$ 16 milhões por mês ao Estado, essa obra já custou mais de R$ 560 milhões mesmo parada”, disse. Esse valor, segundo ele, é referente à manutenção dos vagões e dos trilhos já comprados e instalados, do seguro, além de outros serviços.

Já o Ministério Público Federal, por meio da assessoria, informou que da parte do órgão não há novas manifestações sobre o processo.

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