Dia 18 de maio passado, o movimento Tarifa Zero BH, em conjunto com várias organizações sociais*, entregou um ofício à prefeitura da capital mineira para pedir uma reunião com o prefeito Alexandre Kalil (PHS) sobre o processo de auditoria no sistema de ônibus da capital mineira. No texto, os ativistas lembram que durante sua campanha Kakil prometera mais transparência e participação popular na execução da auditoria.
O processo para recolher opiniões da população em relação à contratação de uma auditoria para o sistema foi aberto no início do ano de 2017 pelo governo municipal, com a publicação de uma minuta do edital na internet para coleta de sugestões. As propostas da sociedade foram encaminhadas, o processo de consulta encerrado, mas até o momento os "resultados não foram divulgados pela BHTrans", afirmam os signatários.
Na ocasião, o Tarifa Zero BH encontrou diversos problemas no documento da Prefeitura, e com base nisso elaborou o "Relatório das propostas para consulta pública da auditoria do sistema de transporte público de Belo Horizonte" (leia aqui). Entre esses problemas, a organização aponta o fato de a auditoria abranger apenas o período de 2013 a 2017, desconsiderando o período de 2008 a 2013 (uma vez que o novo sistema de concessão do transporte público começou em 2008). Outro ponto destacado é a ausência de previsão de mecanismos de participação popular no trabalho da auditoria.
Hoje (25) a reportagem do Mobilize Brasil entrou em contato com a assessoria de imprensa da BHTrans que informou não haver prazo definido para a realização das audiências públicas e que a programação depende do calendário da Câmara Municipal da cidade.
*Assinam: Associação dos Usuários de Transporte Coletivo de Belo Horizonte (AUTC-BH), BH em Ciclo - Associação dos Ciclistas Urbanos de Belo Horizonte, Movimento Nossa BH, Movimento Passe Livre – BH, Núcleo Mineiro da Auditoria Cidadã da Dívida e Piseagrama
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