Um conhecido corredor de circulação de Olinda (PE), a Estrada de Águas Compridas foi percorrida nesta quinta-feira (25) por técnicos da Prefeitura que realizaram uma operação de controle urbano voltada à desobstrução das calçadas, ao mapeamento do comércio informal e ainda ao disciplinamento do trânsito.
Para garantir mais mobilidade e segurança para a população, 60 técnicos percorreram os 2,5 km de extensão da via, orientando os moradores, ambulantes e motoristas. Neste primeiro momento, a ação teve caráter educativo, identificando as necessidades, notificando os problemas e dando oportunidade aos infratores de regularizar a situação.
O trabalho atende a uma antiga demanda da região, marcada pela falta de espaço para pedestres, desrespeito à sinalização e constantes congestionamentos. Profissionais da Vigilância Sanitária também inspecionaram pontos que comercializam alimentos, incluindo a manipulação indevida de carnes e pescados ao ar livre. Já os agentes da Defesa Civil de Olinda vistoriaram construções irregulares, alertando sobre riscos e a legislação vigente. Quem circulou pela área acompanhou de perto a atividade, aprovando a retomada da ordem no local.
Força-tarefa
No balanço desta primeira etapa, 110 pontos foram visitados, sendo expedidas 68 notificações. Entre os materiais recolhidos, que ocupavam indevidamente a via pública, estão fiteiros (quiosques), barracas de madeira, telhas, tijolos, cobertas, mesas e estruturas de ferro. Os comerciantes notificados devem comparecer à sede da Secretaria de Meio Ambiente, Urbano e Natural, localizada no bairro do Bonsucesso, para se adequar. De acordo com o titular da pasta, André Botelho, a força-tarefa faz parte das ações integradas que estão trazendo uma nova cara para Olinda.
“O nosso propósito é de que todos possam conviver de forma segura e harmoniosa, sem desrespeitar as regras de ocupação do solo. Quem caminha terá mais segurança, o motorista passará a estacionar no local correto e os comerciantes poderão se ajustar, mantendo assim a sua fonte de renda”, explicou o secretário.
A medida também se voltou para a parada irregular de caminhões, que devem observar os horários e as zonas de carga e descarga, distribuídas ao longo da via. A poluição visual, causada por placas publicitárias, toldos e afins, também esteve no foco da operação. De acordo com a lei vigente, o desrespeito pode levar a multas que variam entre R$ 1 mil e R$ 100 mil, a depender do grau da infração.
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