A tecnologia da biometria facial no transporte público - uma das diretrizes de regulamentação do sistema de bilhetagem automática no DF - já começou a ser usada em fase de teste. A linha 110 da empresa Piracicabana, que faz o trajeto Rodoviária-Universidade de Brasília (UnB), foi a escolhida para experimentar o novo sistema.
Neste primeiro momento, dez ônibus da linha estão circulando com câmeras fixadas acima dos validadores (local onde o usuário passa o cartão). O objetivo dos novos equipamentos é permitir identificar eventuais fraudes no uso dos benefícios da gratuidade nos transportes coletivos.
O próximo passo é a atualização da foto, em alta resolução, no cadastro do passe estudantil de um grupo de alunos da UnB, tarefa que caberá ao DFTrans (Transporte Urbano do Distrito Federal).
A medida vai facilitar a comparação das imagens captadas pela biometria facial. Se os resultados forem positivos, o projeto será ampliado para as demais linhas de transporte público do DF, inclusive o metrô.
“As imagens ajudarão a identificar se quem está passando o cartão de passe livre é realmente o beneficiário”, explica o secretário adjunto de Mobilidade, Dênis de Moura Soares.
No momento em que o usuário passar o cartão de passe livre, várias imagens serão captadas pela câmera de biometria e encaminhadas para um banco de dados.
Caso haja incompatibilidade de perfil, uma equipe técnica avaliará se realmente houve fraude e, posteriormente, tomará providências para o bloqueio do benefício.
Soares pondera que o benefício não será bloqueado imediatamente. Além da análise técnica, o usuário terá a possibilidade de recorrer, para verificação se houve equívoco no reconhecimento.
A intenção é que toda a frota de coletivos do DF contenha o dispositivo de imagem. A atualização das fotos no cadastro dos beneficiários será feita de forma gradativa.
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