O estranho caso do recapeamento de uma ciclovia na zona sul de SP

Segundo a Ciclocidade, não está claro se a CET autorizou a retirada de tachões e placas de sinalização da ciclofaixa no Morumbi. Nem se a estrutura voltará a ser pintada

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Fonte: Ciclocidade  |  Autor: Ciclocidade  |  Postado em: 23 de março de 2017

Bem em cima da ciclofaixa no Morumbi, o recapeamen

Bem em cima da ciclofaixa no Morumbi, o recapeamento

créditos: Reprodução/ Ciclocidade

 

Ao início da tarde desta quarta-feira (22), a Associação dos Ciclistas Urbanos de São Paulo (Ciclocidade) recebeu a informação de que a ciclofaixa da Rua Dr. Fausto de Almeida Prado Penteado/Av. Amarilis, no bairro do Morumbi, zona sul da capital paulista, estaria sendo retirada. 

 

A fotografia acima, retratada por uma ciclista local, levantou diversas dúvidas sobre os procedimentos que, para serem de recapeamento com retirada de tachões e sinalização, exigiriam autorização da CET.

 

Por volta das 16h30, a Prefeitura Regional do Butantã soltou a seguinte nota explicativa:

 

“A Prefeitura Regional Butantã informa que a rua em questão vem passando por serviços de manutenção do pavimento, como operação tapa-buraco, com a massa asfáltica cobrindo parte da ciclofaixa. No entanto, afirmamos que, ao término do trabalho, a pintura da ciclofaixa será refeita. Já as placas indicativas foram retiradas para limpeza, pois estavam pichadas e também serão reinstaladas.”

 

A história, porém, é muito estranha, dizem os cicloativistas: "Havia (como ainda há) grandes indicadores de que a ciclofaixa estava de fato sendo retirada e ainda não há plena certeza de que voltará a ser pintada novamente". São eles:

 

- Ao longo da tarde, um ciclista da rede de contatos da Ciclocidade ligou na Prefeitura Regional do Butantã para pedir esclarecimentos, tendo a confirmação de um funcionário da equipe de Obras de que se trataria de uma remoção de ciclofaixa. Segundo o funcionário, a rua seria estreita e “estaria perigoso um carro de frente para o outro nesta subida”. Ou seja, dentro da própria Prefeitura Regional, a visão sobre o que estava acontecendo era da retirada da infraestrutura cicloviária. Se houvesse uma situação de risco no local, não seria o órgão de trânsito o responsável por tal avaliação e posterior solução?

 

- Uma busca no site da Operação Tapa Buraco sobre as ordens de serviço de 2017 mostra que havia apenas uma solicitação referente a buracos nessas ruas, datada de 8/2 e com prazo de execução para 13/2. Entre ontem e hoje, no entanto, houve pelo menos 4 operações na R. Dr. Fausto de Almeida Prado Penteado e outras 7 na Av. Amarilis/Dr. Winton Paes de Almeida. Na aba de ‘monitoramento online’, as fotos que estão publicadas mostram apenas a situação da via após a intervenção, mas não os buracos que originaram a operação. Relatos de ciclistas que passam diariamente na ciclofaixa contam que ela não possuía buracos, algo que as próprias fotografias do site da Operação parecem reafirmar, pois mostram o restante da via em boas condições de uso. 

 

Clique aqui para e leia a nota da Ciclocidade na íntegra. 

 

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