O prazo inicial era julho, mas até o final de 2017 deve ficar pronta a estimativa de custos de implantação do tramo norte do Ferroanel de São Paulo. O orçamento está sendo elaborado conjuntamente pela Dersa (governo de São Paulo) e pela Empresa de Planejamento e Logística (EPL), do governo federal, a um custo de cerca de R$ 9 milhões.
O acordo prevê que após a fase inicial de estudos, caberá ao governo federal destinar recursos para construí-lo e, também, definir sua forma de exploração. O estudo vai calcular os reais custos de implantação da primeira etapa da obra, que a princípio, será construída em paralelo com o tramo norte do Rodoanel de São Paulo, hoje em obras.
Proposta atual para o Ferroanel: primeira etapa de leste a norte da cidade (Imagem: Folha de S.Paulo)
O projeto do Ferroanel de São Paulo começou a ser concebido em 1963, como uma forma de intensificar o transporte de cargas por trens em direção ao Porto de Santos, sem passar pelo centro da cidade. Segundo os estudos, com a nova ligação ferroviária entre as regiões paulistas de Campinas, Sorocaba, Vale do Paraíba e Baixada Santista, haverá uma migração das cargas entre modais, reduzindo a circulação de caminhões nas rodovias.
Proposta para o Ferroanel, datado de 1969, ainda em cópia heliográfica
No projeto atual, o trecho norte do Ferroanel é um ramal ferroviário de via dupla com 52,75 km, entre as estações Engenheiro Manoel Feio (Leste) e Perus (Norte), de forma a evitar que os trens de carga circulem pelas linhas que cruzam a Capital, hoje muito utilizadas pelos trens urbanos de passageiros da CPTM. Segundo os estudos, apenas nesse trecho norte do Ferroanel circulariam cargas equivalentes a 4.200 caminhões por dia. Em 20 anos de operação seriam 40 milhões de toneladas de cargas.
De acordo com a Dersa, a estimativa é que a Licença Prévia Ambiental do Tramo Norte esteja pronta até setembro. Mas já está decidido que caberá à Companhia de Tecnologia de Saneamento Ambiental (Cetesb), órgão da Secretaria do Meio Ambiental do Estado, analisar os estudos de impacto ambiental (EIA/Rima). A estatal também ficará responsável por apresentar a definição das características técnicas funcionais da nova ferrovia.
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