VLT do Rio atinge a marca de 4 milhões de passageiros, em seis meses

Usuários elogiam conforto e rapidez, mas criticam falta de integração com metrô

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Fonte: O Globo  |  Autor: Rafael Galdo  |  Postado em: 09 de dezembro de 2016

VLT carioca transportou 4 milhões em seis meses

VLT carioca transportou 4 milhões em seis meses

créditos: Marcos de Sousa / Mobilize Brasil

 

De casa, no Santo Cristo, até o Centro, nada mais de ônibus quentes que, apesar do trajeto curto, ficavam parados em engarrafamentos. A universitária Evelyn Carreiro só faz esse percurso agora de VLT, que esta semana completa seis meses de operação no Rio batendo a marca de 4 milhões de passageiros. 

 

Após esse tempo, persistem ressalvas dos usuários quanto ao novo meio de transporte da cidade. Mas, no balanço geral, a maioria, assim como Evelyn, tece elogios aos bondes.

 

"Hoje levo dez minutos entre minha casa e o Centro. É confortável, tem ar-condicionado, é limpo... Mesmo nos fins de semana costumo pegar o VLT, para ir correr na Praça Mauá", diz a moradora do Santo Cristo, que criou novos hábitos nos últimos seis meses.

 

Misturada aos 25 mil a 30 mil passageiros diários do sistema, ela se tornou uma usuária frequente. O mesmo ocorreu com Eloísa Caldas. Ela trabalha numa companhia aérea no Santos Dumont. Do aeroporto até a Cinelândia, onde depois pega o metrô, opta pelo VLT diariamente. Também gosta do conforto sobre trilhos. Mas calcula quanto poderia economizar se as duas tarifas fossem integradas.

 

"Gastaria a metade do que pago com passagens hoje. Não entendo por que ainda não houve essa integração", questiona Eloísa, tocando numa das principais críticas dos passageiros do VLT até aqui.

 

Já para o contador Robson Danaro a reclamação é outra: para ele, continua longo o espaço entre um bonde e outro. Intervalo esse, no entanto, que vem caindo, de acordo com a Secretaria Municipal de Transportes. No início, eram 30 minutos. Hoje, varia entre oito e 20 minutos, dependendo do horário e da demanda.

 

O tempo de percurso, diz a prefeitura, também vem diminuindo. Em média, uma viagem no sentido rodoviária dura 29 minutos. Já em direção ao aeroporto, 34 minutos. Uma redução, afirma a Secretaria de Transportes, de 30% em relação a julho, quando o serviço começou a ser realizado em todo o trajeto.

 

Desde então, curioso é que o VLT consolidou um horário de rush diferente dos demais modais. Em vez do início da manhã e do fim de tarde, o pico de movimento, nos fins de semana, é a partir das 15h, perto das programações da Orla Conde. 

 

Já nos dias de semana, ocorre por volta das 13h, próximo da hora do almoço. Sendo que, com a abertura do AquaRio, em novembro, a média diária de passageiros aumentou cerca de 15% nos dias úteis e em 20% nos fins de semana, com a parada Utopia/AquaRio recebendo até três vezes mais usuários aos sábados e domingos.

 

Problema nos terminais

Enquanto não inaugura a nova fase do VLT — entre as praças Quinze e da República, prevista para este fim do ano— os principais pontos de embarque e desembarque, no entanto, continuam sendo as paradas da Cinelândia, Carioca, Santos Dumont, São Bento e Candelária. 

 

E justamente numa dessas estações, a do Santos Dumont, que o técnico em eletrônica se deparou com outra das principais queixas quanto ao VLT até agora, registradas inclusive no serviço 1746: problemas nos terminais de autoatendimento para compra e recarga do Riocard.

 

"A máquina reiniciou e meu cartão de transporte ficou preso dentro dela", reclamava ele ontem, enquanto se formavam filas para utilização do equipamento.

 

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