O Metrô de Bogotá é alvo de discussões e estudos desde 1950. Naquele momento no entanto o então prefeito Fernando Mazuera teve a “brilhante” ideia de remover o sistema de bonde existente, assim como ocorreu em outras cidades do mundo, inclusive São Paulo. Hoje sabemos que os bondes poderiam ter sido reformados e servirem hoje como uma rede de VLTs (Veículos Leves sobre Trilhos). Quanto ao metrô, ficou no papel.
Muito depois, na década de 1990, o ex e atual prefeito Enrique Peñalosa decidiu-se pela construção de corredores de ônibus do tipo BRT, como solução mais rápida e barata. Mas a solução mostrou-se paliativa, e o sistema de ônibus já se encontra em vias de saturação.
Então em 2009 o consórcio espanhol Sener-TMB desenvolveu o primeiro projeto metroviário, mas o processo de licitação e construção "descarrilou" devido a envolvimentos em casos de corrupção.
BRT Transmilênio, na Colômbia: sistema saturado. Foto: Reprodução
De volta à prefeitura, Peñalosa deu declarações do tipo “antes era feio, agora é a melhor escolha” sobre uma futura rede do transporte sobre trilhos elevados na capital da Colômbia. A fala veio em resposta a uma série de questionamentos de internautas que desenterraram publicações do prefeito nas quais ele no passado criticava linhas de metrô elevado.
A primeira linha de metrô em Bogotá deverá ter 30 km de extensão e 15 estações. Estima-se que as obras sejam iniciadas em maio de 2018, e os primeiros trens estejam em operação em meados de 2022. O sistema será operado pela empresa estatal Metro de Bogotá SA (BEM SA), e servirá como eixo principal para o sistema. Já o BRT continuará com sua importância, com estações mais próximas uma das outras, e servirá como alimentador da linha metroviária.
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